Liana Cirne aciona MPF contra Clarissa Tércio por intolerância religiosa
Vereadora pede investigação de fala da deputada sobre visita de Janja a Pernambuco
A vereadora do Recife Liana Cirne (PT) protocolou notícia-crime no Ministério Público Federal (MPF) contra a deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE), acusando-a de intolerância religiosa. O pedido tem como base um vídeo publicado nas redes sociais em que a parlamentar critica a visita da primeira-dama Janja Lula da Silva ao estado.
No material, Clarissa se refere a um evento em terreiro como “macumba”, chama de “teatro” o encontro de Janja com evangélicas em Caruaru e sugere que a primeira-dama deveria fazer campanha na Marcha da Maconha. Para Liana, as declarações configuram crime previsto na Lei nº 7.716/1989. “Na sua publicação, Clarissa vai de encontro ao que diz a Constituição, violando a liberdade de consciência e crença. Cada pessoa tem direito ao seu credo, sem discriminação”, afirmou.
Católica, a vereadora ressaltou que a extrema-direita tenta se apropriar do cristianismo para discriminar outras religiões. “Eu sou católica, sou cristã, e justamente por isso não posso ficar calada”, disse.
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Ela também destacou que a imunidade parlamentar não protege manifestações de ódio fora do exercício do mandato. “Usar o nome de Cristo para espalhar ódio e preconceito não é cristianismo. O Evangelho não autoriza atacar, excluir ou dividir”, declarou. Na notícia-crime, Liana pede a instauração de investigação criminal e a apuração da conduta da deputada.
Em nota, Clarissa Tércio repudiou as acusações. Segundo ela, suas críticas não se voltam contra a fé ou a liberdade de culto, mas contra “o uso político de igrejas pela esquerda ideológica, cujos valores são contrários ao cristianismo”. Clarissa reafirmou “respeito a todas as religiões” e disse que sua luta é pela defesa “dos princípios cristãos, da liberdade religiosa no Brasil e da família”.
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