Sex, 05 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
Modo Fit

Fisioterapia no tratamento do Parkinson: como ela ajuda na mobilidade e qualidade de vida

Fisioterapeuta Luize Pacheco: “Tratamentos não farmacológicos avançam no cuidado do Parkinson”

Luize Pacheco é fisioterapeuta do Instituto de Terapias IntegradasLuize Pacheco é fisioterapeuta do Instituto de Terapias Integradas - Foto: Bruno Xavier

A fisioterapia é uma grande aliada no tratamento da Doença de Parkinson, contribuindo para a melhora da mobilidade, do equilíbrio e da autonomia no dia a dia. Neste conteúdo, você vai entender como o acompanhamento fisioterapêutico pode retardar a progressão dos sintomas e promover mais qualidade de vida para quem convive com o diagnóstico.

Uma condição neurológica progressiva que afeta principalmente os movimentos. Assim, podemos definir a doença de Parkinson. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 8,5 milhões de pessoas convivem com a doença, que atinge 1% da população com mais de 65 anos. No Brasil, cerca de 200 mil brasileiros sofrem com a condição que causa a degeneração das células cerebrais. Apesar dos avanços na medicina, o Parkinson segue sem cura. Porém, já há novos tratamentos disponíveis, inclusive pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que garantem uma melhor sobrevida aos pacientes. Tratamentos esses que devem ser associados a uma grande aliada: a fisioterapia. Isso porque o Parkinson atinge principalmente sintomas motores, causando tremores, problemas posturais, desequilíbrio, rigidez e lentidão de movimentos.   

Para a fisioterapeuta, Luize Pacheco, o tratamento fisioterapêutico é peça-chave para garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes. "O protocolo de fisioterapia para pacientes com Parkinson deve ser individualizado e associado a outros tratamentos como pilates e dança fisioterapêutica, já que contribuem diretamente nos desafios diários desses indivíduos", explicou Luize.   

De acordo com Luize, esse protocolo é importante porque a fisioterapia melhora a marcha, a coordenação, o equilíbrio e ajuda a prevenir quedas. Já o pilates fortalece a musculatura profunda, melhora a postura e a consciência corporal. E a dança, estimula o ritmo, a memória motora, a expressão corporal e ainda melhora o humor. "Esse protocolo é importante já que os pacientes além dos problemas motores, sofrem com problemas de sono, depressão e dificuldade de memória", pontuou a fisioterapeuta.

 

Raul Cunha comemora o êxito com fisioterapia aquática - Foto: Bruno Xavier

Raul Cunha, pacientes de  Parkinson, explica como a fisioterapia e a fisioterapia aquática mudaram seu quadro clínico. “Após três anos assistido realizando a modalidade, consegui evoluir meu quadro. Antes, estava totalmente travado com meus movimentos. Hoje, com a fisioterapia e a fisioterapia aquática, consegui melhorar o equilíbrio, a mobilidade e a segurança ao andar e nas atividades do dia a dia”, pontuou.  

Tratamentos não farmacológicos avançam no cuidado do Parkinson 

A doença atinge de 100 a 200 pessoas a cada 100.000 habitantes, e que ganhou destaque mundial ao se manifestar em famosos como o ator estadunidense Michael J. Fox e recentemente no Brasil, a jornalista Renata Capucci.  Surgem novos tratamentos, novos protocolos, novas abordagens que ultrapassam os medicamentos com terapias complementares que ampliam qualidade de vida de pacientes com Parkinson. Como a nutrição, é o que explica a nutricionista Ione Danielle.  "A nutrição desempenha papel essencial no tratamento de pacientes com Parkinson, auxiliando na manutenção da saúde geral, controle de sintomas como disfagia e constipação, além de prevenir complicações decorrentes da doença. A atuação do nutricionista é estratégica também no ajuste da dieta em relação ao uso de medicamentos, como a levodopa (comum no tratamento), cuja eficácia pode ser influenciada pela ingestão de proteínas. Dessa forma, uma alimentação adequada que inclua também, fibras, antioxidantes, cálcio, vitamina D e uma boa hidratação, irão contribuir para a melhorar a resposta ao tratamento, reduzir riscos de desnutrição e garantir maior qualidade de vida e autonomia aos pacientes", explicou a nutricionista.


Ative o seu modo fit e viva mais leve

A coluna Modo Fit é publicada semanalmente no portal da Folha de Pernambuco e traz conteúdos voltados para quem busca qualidade de vida e bem-estar. Os temas abordam desde treinos, nutrição, suplementação e fisioterapia até saúde mental, abordagens terapêuticas integrativas, mundo fitness e universo wellness — tudo com informação confiável e linguagem acessível.

Esta edição contou com a colaboração da fisioterapeuta Luize Pacheco e a nutricionista Ione Danielle - @institutodeterapiasintegradas
 

Veja também

Newsletter