Câncer de pâncreas: diagnóstico precoce pode resultar em tratamento mais adequado
Segundo oncologista, hábitos de vida podem evitar surgimento da doença
O câncer de pâncreas é considerado agressivo, pelo fato de o prognóstico ser mais reservado e ele ser descoberto, na maioria dos casos, tardiamente. Isso acontece pelo fato de não haver técnica de rastreio específica mais adequada. O órgão tem funções vitais, tanto no sistema digestivo quanto no sistema endócrino. Ele tem a responsabilidade de produzir algumas enzimas que auxiliam na digestão e na quebra de alimentos e hormônios, como a insulina.
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Segundo o oncologista do Hospital Jayme da Fonte, Diogo Sales, o diagnóstico precoce seria a chave indicativa para um tratamento mais adequado e até mesmo para a cura. Um levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca), feito em 2022, apontou que o Brasil possuía, naquele ano, 10.980 casos da neoplasia, sendo 5.290 deles em homens e 5.690 mulheres.

“Quando [o paciente] já apresenta os sintomas, é sinal de que a doença já está mais avançada. Os exames para diagnosticar câncer de pâncreas são tomografia e ressonância. Só pelo tumor propriamente dito, a gente consegue descobrir, através de exame de imagem, quando o paciente não tem sintoma. É fundamental, de alguma maneira, que haja um diagnóstico precoce, para que haja um tratamento adequado e que o paciente fique curado”, explica ele.
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Repercussão
Recentemente, o apresentador da RedeTV! e chef de cozinha Eduardo Guedes, descobriu a doença, durante um exame. Ele passou por cirurgia, às pressas, para retirar o nódulo maligno e se recupera. Há cerca de 20 anos, o jornalista José Luiz Datena também foi acometido com a patologia e conseguiu se recuperar. Em 2017, o apresentador Marcelo Rezende morreu, com câncer de pâncreas e metástase no fígado.
“Em torno de 10% a 15% dos casos dos cânceres de pâncreas são causados por fatores hereditários também. Além disso, a gente sabe que a boa parte dessas neoplasias acomete idosos. Não tem como a gente evitar que a pessoa fique mais velha. Mas, boa parte dos cânceres de pâncreas são evitáveis, através dessa mudança de hábitos. Isso tudo protege o paciente, não só do câncer de pâncreas, mas de outros tipos de câncer também”, complementou Sales.
Tratamento
Em caso de manifestação dos sintomas ou tendo os fatores de risco, a pessoa deve procurar um oncologista, imediatamente, para realizar os exames, a fim de detectar ou não, presença da doença. Também é preciso que o paciente evite a automedicação constante.
“O tratamento envolve vários profissionais que trabalham com câncer, desde o cirurgião que pode operar, o oncologista, que prescreve quimioterapias, terapias específicas ou sistêmicas, que faz com que o câncer, mesmo num estágio mais avançado, consiga aumentar o tempo de vida daquela pessoa e fazer também redução dos sintomas, porque, muitas vezes, causa muita dor e o paciente tem muito desconforto. Também pode contar com radioterapeuta”, acrescentou.
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