Bad Bunny no Super Bowl: saiba como foi a primeira vez do cantor no evento, em 2020
Ele foi convidado de Shakira, estrela da noite ao lado de Jennifer Lopez
Depois de uma residência de 31 shows em sua terra natal, Porto Rico, e o anúncio de uma turnê mundial, Bad Bunny anunciou a presença num dos maiores palcos do mundo — pelo menos, o mais televisionado dos Estados Unidos. Ele será a atração musical do intervalo do Super Bowl 2026, a final do campeonato de futebol americano, marcada para o dia 8 de fevereiro, em Santa Clara, na Califórnia.
“O que estou sentindo vai além de mim”, disse o artista porto-riquenho em comunicado. “É por aqueles que vieram antes de mim e correram incontáveis jardas para que eu pudesse entrar e marcar um touchdown. Isso é pelo meu povo, pela minha cultura e pela nossa história. Vá e diga a sua avó que seremos o SHOW DO INTERVALO DO SUPER BOWL.”
Mas essa não é a primeira vez que o artista pisa num palco do Super Bowl, embora seja a estreia como estrela principal. Em 2020, ele foi um dos convidados de Shakira e Jennifer Lopez, as duas atrações da noite. Ele apareceu no palco num segmento de Shakira, por volta do terceiro minuto de apresentação (foram apenas 14, o tempo médio de show), cantando "I like it", dele com Cardie B e J. Balvin (outro convidado da noite, mas do segmento de J.Lo). Depois, ela emendou "Chantaje", enquanto ele cantou de fundo versos de "Callaíta", música que, aliás, ele usou no anúncio de sua participação no Super Bowl 2026.
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Único show nos EUA
A apresentação no Super Bowl será o único show de Bad Bunny nos Estados Unidos em 2025. Ele deixou o país de fora da turnê "Debí tirar más fotos", que começa no dia 21 de novembro, na República Dominicana, e termina em 22 de julho de 2026 na Bélgica. No Brasil, ele se apresenta nos dias 20 e 21 de fevereiro, em São Paulo.
A explicação para não levar o show aos Estados Unidos é a política de deportação em massa de imigrantes, instituída pelo governo Donald Trump. Em entrevista à revista "i-D", o artista porto-riquenho disse que houve uma preocupação "honesta" de que o ICE (sigla em inglês para Immigration and Customs Enforcement, o Serviço de Imigração e Alfândega) pudesse aproveitar alguma apresentação para prender e deportar latinos que estivessem nos arredores do evento. Vale lembrar que Porto Rico é um território não-incorporado dos Estados Unidos, ou seja, os cidadãos de lá podem entrar nos EUA e vice-versa.
"Houve muitos motivos pelos quais eu não apareci nos EUA, e nenhum deles foi por ódio", disse ele. "Todos foram magníficos. Gostei de me conectar com os latinos que vivem nos EUA. Mas, especificamente, para uma residência aqui em Porto Rico, quando somos um território não incorporado dos EUA… Pessoas dos EUA poderiam vir aqui ver o show. Latinos e porto-riquenhos dos Estados Unidos também poderiam viajar para cá ou para qualquer parte do mundo. Mas havia a questão de que — tipo, a porra do ICE poderia estar do lado de fora (do meu show). E isso era algo sobre o qual conversamos e estivemos muito preocupados."

