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EUA

Caso Diddy: rapper tem fiança negada pela terceira vez

O juiz responsável pelo caso enfatizou que há "evidências contundentes" da propensão do artista para a violência, justificando a decisão

Rapper DiddyRapper Diddy - Foto: AFP

O rapper e produtor musical Sean "Diddy" Combs continuará preso após ter um terceiro pedido de fiança negado pela Justiça dos Estados Unidos. Segundo o portal TMZ, um juiz decidiu nesta quarta-feira negar a solicitação argumentando que não há condições que garantam a segurança da sociedade caso ele seja solto.

A decisão foi baseada em diversos fatores, incluindo o risco significativo de manipulação de testemunhas e evidências diretas de comportamento violento por parte de Diddy. De acordo com o TMZ, o juiz destacou um vídeo divulgado em 2016 que mostra o artista agredindo sua ex-namorada, Cassie, além de mensagens de texto entre eles que reforçam as acusações.

Outro ponto mencionado na decisão foi o descumprimento de regras por parte de Diddy enquanto está sob custódia. Ele é acusado de pagar a outros detentos para usar seus códigos de acesso telefônico, permitindo que fizesse ligações para contatos não autorizados por sua lista oficial de comunicação.

Entenda o caso Diddy
Em novembro de 2023, a cantora de R&B Cassie entrou com uma ação judicial contra o magnata do hip-hop Sean "Diddy" Combs, seu ex-chefe de gravadora e namorado, acusando-o de estupro, de forçá-la a participar de encontros sexuais "esquisitos" e de abuso físico contínuo por cerca de uma década. Combs, que também é conhecido como Puff Daddy ou Diddy, negou "veementemente" as alegações.

Nos meses seguintes, mais de 20 processos foram movidos contra Combs — incluindo mais da metade deles depois que ele foi indiciado por acusações federais de tráfico sexual, conspiração para extorsão e transporte para se envolver em prostituição em setembro. Ele se declarou inocente e continua detido em uma prisão do Brooklyn. O julgamento está marcado para 5 de maio do ano que vem.

Em uma das acusações de assédio sexual, o artista teria drogado e estuprado uma menina de 13 anos durante uma festa, enquanto outras duas celebridades teriam sido cúmplices e coparticipantes do crime. Segundo a Variety, o crime teria ocorrido em 2000.

A vítima relatou que estava tentando conseguir um ingresso para uma premiação da MTV e foi para a porta do evento, onde teria abordado várias limusines que chegavam ao local. Em uma das tentativas, o motorista de um dos veículos convidou a menina para uma festa, que teria acontecido na casa de Diddy. Ela conta que assinou o termo de confidencialidade ao chegar na festa e que, após tomar uma bebida que ofereceram para ela, sentiu-se tonta e foi deitar em um quarto vazio para descansar. De acordo com o processo, ela teria despertado enquanto estava sendo abusada.

Sean Combs também foi acusado de estuprar uma mulher como "vingança" por ela vincular seu nome ao assassinato do rapper Tupac Shakur, em 1996, segundo a BBC. Ashley Parham acionou as autoridades da Califórnia, nos Estados Unidos, para prestar queixa contra o magnata da música. Ela disse ainda que o artista ameaçou cortar o rosto dela com uma faca, numa retaliação por seus comentários sobre o caso Tupac, até hoje não esclarecido.

Celebridades envolvidas
Jay-Z, Beyoncé, Mariah Carey, Michael Jackson, Jennifer Lopez, Justin Bieber, Rihanna, 50 Cent, Nicki Minaj, Ashton Kutcher e alguns outros nomes. São várias as celebridades sobre as quais internautas apontaram o dedo devido à polêmica envolvendo o empresário Sean Combs.

Veículos da imprensa americana apontam que o ator Ashton Kuchter estaria "aterrorizado" com a possível ideia de ter seu nome "jogado na fogueira" pelo colega. Ele e Diddy mantinham uma amizade pública há pelo menos duas décadas.

Já o rapper Jay-Z vem sendo criticado pela omissão acerca do caso. Amigo de longa data do músico e produtor, ele mantinha sociedade com o colega em negócios relacionados à música. Por ser casada com o músico, Beyoncé também passou a ser questionada acerca do caso.

Além disso, Rihanna vem sendo apontada como uma das vítimas de Diddy. A cantora tinha 16 anos quando saiu de Barbados, seu país natal, rumo a Los Angeles, nos EUA, depois de ser "descoberta" pelo rapper e produtor. Rumores alegam que ela teria sido "traficada" e forçada a assinar um contrato profissional com o produtor. O caso, porém, é baseado apenas em especulações.

Justin Bieber tinha apenas 15 anos quando conheceu Diddy por intermédio do rapper e amigo Usher. Há especulações por parte do público acerca de possíveis abusos na relação entre eles. A empresária e modelo Khloé Kardashian já afirmou que Justin Bieber esteve presente, no período em que era menor de idade, numa das festas promovidas por Diddy.

Filhos de Diddy defendem o pai
Diddy é pai de sete filhos com quatro mulheres diferentes: Quincy, de 33 anos, Justin, de 30, Christian, de 26, Chance, de 18, as gêmeas D'Lila e Jessie, de 17, e Love Sean, de apenas 2 anos.

O ator e cantor Quincy Brown usou as redes sociais para dizer que ele e todos os irmãos apoiam o pai contra as acusações de abuso sexual.

"O último mês devastou nossa família. Muitos julgaram tanto ele quanto nós com base em acusações, teorias da conspiração e narrativas falsas que se espalharam de maneira absurda nas redes sociais. Estamos unidos, apoiando você a cada passo do caminho. Nos agarramos à verdade, sabendo que ela prevalecerá, e nada quebrará a força da nossa família. Sentimentos sua falta e amamos você, pai", escreveu Quincy.

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