Confira as produções audiovisuais que têm o Recife e Olinda como cenários de histórias marcantes
As cidades-irmãs completam, respectivamente, 487 e 489 anos, nesta terça-feira, 12 de março
Recife e Olinda completam, respectivamente, 487 e 489 anos. Ao longo dos anos, as cidades-irmãs se tornaram palco de revoluções, resistências, celebrações e até mesmo cenários da sétima arte. Em homenagem a esse emblemático 12 de março, a reportagem preparou um roteiro de filmes de diversas épocas e gêneros, cujo cenário abraça cada município.
Potencial
Vale destacar, que o histórico acervo do cinema pernambucano é um dos mais influentes na produção cultural e criativa do Brasil. Desde os anos 1920, os cineastas locais retratam as questões sociais, políticas e culturais que ocasionaram na criação de um vínculo identitário que transcende o Estado.
As duas aniversariantes do dia 12 de março figuram, há décadas, como alicerces na construção e representação de novas histórias no cinema. Recife e Olinda proporcionam o entrelaço entre memória e pertencimento, a partir da experiência espacial do recifense e olindense.
Essa cartografia cinematográfica é a materialização das vivências nas cidades-irmãs, que são representadas em diversos filmes pernambucanos capazes de demonstrar a importância do espaço se transformando, nos transformando e sendo transformado por nós.
Para assistir
O documentário ficcional ''Retratos Fantasmas'', de Kléber Mendonça Filho, faz uma radiografia e conta a história do centro do Recife do século 20, a partir das salas de cinema que movimentaram o comportamento de várias gerações. O filme possui um depoimento pessoal do próprio diretor, que já retratou a veneza brasileira em outras obras, como ''O Som Ao Redor'' e ''Aquarius". Os três filmes estão disponíveis na Netflix.
O longa de ficção "Amarelo Manga", de Cláudio Assis, também é ambientado no Recife, que serve de cenário para uma sucessão de curtas histórias, entrelaçando os personagens em uma trama envolvente. O filme pode ser visto no Globoplay, enquanto, o romance urbano de Assis entre Zizo e Eneida, ''A Febre do Rato'', se encontra na Netflix.
''Rio Doce/CDU'', documentário de Adelina Pontual, retrata de maneira pouco convencional o percurso de uma linha de ônibus urbana levando o espectador para viagem pelo cotidiano de pessoas comuns com suas histórias e transformações sofridas no trajeto que atravessa as duas cidades-irmãs.
O drama ''Amor, Plástico e Barulho'', de Renata Pinheiro, traz a cena do Brega Recifense para o cinema, por meio de Shelly, uma jovem dançarina que tem o sonho de ser cantora do gênero e Jaqueline uma artista consolidada. As duas precisam lidar com o cenário efêmero e volátil da carreira artística. Disponível no Globoplay.
Já o filme ''Rio Doce'', de Fellipe Fernandes, retrata a vida de Tiago, um jovem trabalhador que mora em Rio Doce, na periferia de Olinda, Região Metropolitana do Recife, e luta para encontrar seu lugar no mundo.
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''Tatuagem'' acompanha Clécio Wanderley, o líder da trupe teatral Chão de Estrelas, situada em uma comunidade localizada entre os municípios de Olinda e Recife | DivulgaçãoNo longa de ficção ''Tatuagem'', de Hilton Lacerda, Clécio Wanderley é o líder da trupe teatral Chão de Estrelas, situada em uma comunidade localizada entre os municípios de Olinda e Recife. O filme retrata o tórrido relacionamento entre Paulete, a principal estrela da equipe, e seu cunhado, o jovem Fininha, que é militar. Disponível na Apple TV
Por fim, ''Veneza Americana'', documentário produzido pelos italianos Ugo Falangola e Jota Cambieri, que mostra as obras de urbanização do Recife nos anos 1920 e o progresso de Pernambuco, com destaque na construção do novo cais de Recife. Disponível no Youtube.

