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Crítica: 'Jurassic World: reino ameaçado' recorre a clichês

Filme produzido por Steven Spielberg estreia nesta quinta-feira (14). 'Jurassic World: reino ameaçado' reúne mesmas características do filme anterior

Cena do filme 'Jurassic World: reino ameaçado'Cena do filme 'Jurassic World: reino ameaçado' - Foto: Universal Pictures/Divulgação

A combinação entre ficção científica, suspense e ação, com efeitos especiais impressionantes, transformou "Jurassic park: o parque dos dinossauros" (1993) em um clássico do cinema.

A maneira fascinante e carregada de adrenalina como Steven Spielberg recriou os dinossauros, que sempre ocuparam um lugar especial na cultura pop e na memória afetiva dos espectadores, tornou o filme um sucesso comercial e rendeu duas sequências, lançadas em 1997 e 2001, e uma segunda trilogia, iniciada em 2015, com "Jurassic World: o mundo dos dinossauros".

Estreia hoje "Jurassic World: reino ameaçado", dirigido por J.A. Bayona (de "Sete minutos depois da meia-noite", de 2016) e produzido por Spielberg, 25 anos depois do filme original. Retornam os personagens Claire (Bryce Dallas Howard) e Owen (Chris Pratt), que no longa anterior salvaram a ilha que hospedava o Jurassic World, parque que reunia uma grande quantidade de dinossauros, incluindo o Indominus Rex, criado geneticamente para ser um predador implacável.

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Claire e Owen agora tentam resgatar os dinossauros que seguem na ilha, ameaçados por um vulcão prestes a explodir.

O filme traz praticamente todos os elementos já explorados nas obras anteriores, especialmente no filme de 2015. Há novos dinossauros, criados através de misturas entre diferentes espécies, o que os torna ainda mais poderosos e ameaçadores; há humanos tolos que, por ganância e delírios de poder, sonham em lucrar com a venda desses dinossauros, mesmo que signifique cruzar certas fronteiras éticas e morais do estudo genético; há, ainda, grandes sequências de ação de tirar o fôlego, com dinossauros correndo rapidamente e exterminando humanos com violência.

A sensação é de uma versão piorada do filme anterior, de 2015. Todos esses elementos estavam lá e pareciam feitos com maior beleza e empolgação. O roteiro deste novo capítulo da franquia, assinado por Colin Trevorrow e Derek Connolly, parece mais preguiçoso, recorrendo a bandidos pouco inteligentes e soluções banais nos principais momentos do filme.

A dupla protagonista e os novos dinossauros não apagam o fato de ser um enredo fácil de antecipar o que vai ocorrer nas principais cenas, resultado de um roteiro que recorre a clichês e soluções existentes em filmes anteriores.

Cotação: regular


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