Fenearte celebra 25 anos em edição que enaltece a história da feira
Na programação cultural do evento, o Palco Pernambuco Meu País receberá 70 atrações da música, da cultura popular e das artes cênicas
"A Feira das Feiras" é o tema escolhido para a próxima Fenearte - Feira Nacional de Negócios do Artesanato. Ao completar 25 anos de história, o evento celebra sua própria memória em uma edição especial, que ocupa o Pernambuco Centro de Convenções, em Olinda, de 9 a 20 de julho.
Além de revisitar sua trajetória, a 25ª Fenearte reverencia às feiras livres de Pernambuco, locais que primeiro serviram para expor e comercializar as criações dos artesões. As referências a esses espaços estarão presentes na decoração do pavilhão e em todo o material de divulgação do evento, cuja estética evoca as cores dos sacolões de feira e às placas confeccionadas pelos feirantes.
Entre os homenageados, a organização escolheu três nomes ligados à criação e ao desenvolvimento da Fenearte: o ex-governador Jarbas Vasconcelos, Célia Novaes, ex-coordenadora do Programa do Artesanato Brasileiro em Pernambuco (PAB/PE), e a empresária Geralda Farias, que idealizou e coordenou a primeira edição do evento.
Leia também
• Sítio Trindade recebe a 17ª Exposição Culinária Afro-brasileira nesta quarta-feira
• Exposição interativa "Blow Up: Um Sopro de Diversão" chega ao Recife em junho
• Torre Malakoff abre exposição coletiva "Observa 3" com obras de cinco artistas visuais
Cultura e gastronomia
O Palco Pernambuco Meu País, iniciativa da Secretaria de Cultura e da Fundarpe, garante presença na feira com mais de 70 atrações. Música, teatro, dança, circo e cultura popular passarão pelo espaço, que já confirma o músico baiano Xangai para comandar a festa de encerramento.
“Diversas linguagens culturais [estarão] representadas nessa programação, que será feita para toda a família. É um evento que mobiliza os pernambucanos, muitos turistas, e a gente vai poder mostrar o que Pernambuco tem de melhor em suas diversas áreas, mas com o artesanato como grande protagonista”, afirmou Cacau de Paula, secretária de Cultura do Estado.
Na gastronomia, a Cozinha Fenearte está de volta com aulas ministradas por chefs do Estado. Assim como ocorreu com o queijo coalho no ano passado, a farinha de mandioca foi escolhida como protagonista das receitas. O ingrediente, aliás, está em processo de patrimonialização.
Os mestres
A tradicional Alameda dos Mestres, espaço destinado aos mais referenciados artesãos do Estado, contemplará 63 nomes do artesanato. Uma dessas personalidades é Luiz Antônio, de 90 anos, mais antigo artesão em atividade de Caruaru.
“A Fenearte foi uma abertura da cultura de Pernambuco para o Brasil e o mundo, porque lá a gente recebe países do mundo todo para conhecer o nosso artesanato”, apontou Luiz, que está presente desde a primeira edição da feira.
Durante o anúncio, Raquel Lyra antecipou que será publicado um livro sobre as histórias de vida dos mestres que já compõem a Fenearte. O lançamento, de acordo com a governadora, deve ocorrer em setembro deste ano.
Salões
Além de cerca de 700 espaços de comercialização, o Centro de Convenções abrigará outras estruturas voltadas à fruição da cultura do artesanato e de outras linguagens artísticas. No Espaço Janete Costa, que encontra o público no átrio da Fenearte, estarão reunidos abridores de letras do Pará (responsáveis por pintar nomes nas embarcações e fachadas de prédios) e mestres convidados do Mato Grosso do Sul e do Pará.
Logo na entrada do evento, o visitante encontrará uma novidade. O 1º Salão Pernambuco Faz Design, com criações de designers pernambucanos, se juntará ao 20º Salão de Arte Popular Ana Holanda, ao 18º Salão de Artes Sustentáveis e ao 9º Salão de Arte Popular Religiosa. Em cada um deles, o público poderá votar na peça favorita e, no fim da feira, serão revelados os artistas vencedores.

