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Festival de Cannes: o que você precisa saber sobre a competição, que chega ao fim neste sábado (24)

Filme pernambucano "O Agente Secreto" é um dos favoritos à Palma de Ouro, prêmio máximo do evento

"O Agente Secreto" "O Agente Secreto"  - Foto: Antonin Thuiller/AFP

O Festival de Cannes, que reuniu grandes nomes do cinema mundial na Riviera Francesa durante duas semanas, chega ao fim neste sábado (24), cercado de expectativas para os brasileiros.

Isso porque o filme “O Agente Secreto”, do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, é forte concorrente aos principais prêmios.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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A divulgação dos vencedores ocorre durante a cerimônia de encerramento da 78ª edição do festival, no monumental Grand Théâtre Lumière.

A entrega dos prêmios começa às 13h40 (horário de Brasília), com transmissão na página oficial do evento no YouTube.  

Ao longo de 12 dias, o público de Cannes assistiu a cerca de 3.000 filmes, dispostos em diferentes mostras. Deste total, 22 longas-metragens estão na competição principal, concorrendo à Palma de Ouro, prêmio máximo do festival.

Brasileiro na disputa
“O Agente Secreto” figura entre os favoritos na premiação. Sua exibição agradou críticos do mundo todo, sendo aplaudido por 13 minutos após a sessão da première mundial, que foi marcada pela apresentação do grupo Guerreiros do Passo, ao som da Orquestra Popular do Recife, em pleno tapete vermelho.  

O longa é ambientado nos anos 1970. Wagner Moura interpreta um especialista em tecnologia pernambucano que retorna ao Recife fugindo da repressão política, mas acaba percebendo que a cidade não é o refúgio que ele imaginava.

A obra foi gravada em julho do ano passado, em diversas locações do Recife, que tentaram reproduzir o cenário da época retratada no thriller. Um dos lugares escolhidos foi a sede da Folha de Pernambuco, que possui o único parque gráfico de jornalismo em funcionamento no Estado.

Concorrentes de peso
Embora a torcida brasileira seja grande, as chances de “O Agente Secreto” abocanhar a Palma de Ouro esbarram em concorrentes à altura.

No ranking da revista especializada Screen, o filme pernambucano aparece empatado com o alemão “Sound of Falling” e abaixo de “Two Prosecutors”, do ucraniano Sergei Loznitsa.

Outro destaque é o norueguês “Sentimental Value”, de Joachim Trier, aplaudido durante 19 minutos em sua exibição.

O vencedor do filme é escolhido pelo júri do festival, que muda a cada edição.

Neste ano, ele é presidido pela atriz francesa Juliette Binoche, com a presença também de Jeremy Strong, Halle Berry, Alba Rohrwacher, Hong Sang-soo, Payal Kapadia, Dieudo Hamadi, Carlos Reygadas e Leïla Slimani.

O Brasil em Cannes
Essa não é a primeira vez que o Brasil tem um representante na seleção oficial de Cannes. A única vez que o País ganhou a Palma de Ouro foi em 1962, com “O Pagador de Promessas”, mas já levou para casa outros prêmios secundários, como o Prêmio do Júri vencido por “Bacurau”, também de Kleber Mendonça Filho, em 2019.

Por sua longa trajetória com Cannes, o Brasil foi o convidado de honra deste ano do Marché du Film (Mercado do Filme), evento da indústria cinematográfica que acontece durante o festival. Além de “O Agente Secreto”, outros filmes nacionais foram exibidos neste ano.

“O Riso e a Faca”, coprodução entre Portugal, Brasil, Romênia e França, integrou a mostra Un Certain Regard. Já “Para vigo me voy”, dos pernambucanos Lírio Ferreira e Karen Harley, concorre ao Olho de Ouro, prêmio de Melhor Documentário de Cannes.

O longa “Virtuosas”, dirigido por Cíntia Domit Bittar, conquistou o prêmio Goes to Cannes, voltado para obras ainda em fase de finalização. Além disso, a cineasta Mariana Brennand recebeu o prêmio de talento emergente no Woman in Motion Awards, na mesma noite em que Nicole Kidman foi homenageada. 
 

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