Literarte se despede de Fernando de Noronha, neste domingo (16), com cordel e literatura infantil
Lançamento de livro, shows, apresentação de dança e debate marcaram o último dia do festival
O Festival Literário e Artístico de Fernando de Noronha (Literarte) encerrou sua primeira edição neste domingo (16), na Praça São Miguel, na Vila dos Remédios. O último dia de programação teve um foco especial no público infantil.
Mariane Bigio, escritora, cantora, contadora de histórias e cordelista, participou de um bate-papo sobre literatura infantil e cordel conduzido por Wanessa Moura, gestora da saúde mental em Fernando de Noronha. A professora e escritora noronhense Elda Paz também integrou a mesa.
“Se a gente deixa a nossa infância apaixonada pela literatura popular, ela [a literatura] não morre. Esse é o solo mais fértil que temos”, pontuou Mariane Bigio sobre seu trabalho de divulgação do cordel para as crianças.
Leia também
• Fliporto 20 anos: festival encerra programação no Parque Dona Lindu
• Segundo dia da Literarte, em Fernando de Noronha, celebra a poesia
• Literarte coloca Fernando de Noronha na rota dos festivais literários
Antes do debate, o público acompanhou o lançamento do livro infantil “As Aventuras de um Arco-Íris”. A obra foi escrita por Elda Paz e ilustrada por nove meninos e meninas do projeto de educação artística Casa da Infância Plena: Danilo, Francisco, Guilherme, Izadora, Lara, Ludmylla, Maria Luiza, Mariana e Sophie.
A Casa da Criança Plena funciona na residência de Elda, onde as crianças vivenciam diferentes linguagens artísticas, como canto, instrumentos musicais, pintura em aquarela, modelagem em argila, poesia e teatro. Durante o lançamento do livro, os alunos demonstraram um pouco do que aprenderam musicalmente no projeto.
Doação de livros
Parceira da Literarte, a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) fez a doação de caixas de leitura para instituições de ensino da ilha. Foram entregues mais de cem exemplares, entre títulos infantis e voltados para a história de Pernambuco.
“A iniciativa de realizar Literarte tem tudo a ver com a proposta da Cepe da difusão da leitura e da literatura. Não é uma operação simples, porque trazer coisas do continente para a ilha exige toda uma logística. O festival aconteceu com muita garra, repercutiu muito bem e já há uma cobrança dos ilhéus para que ocorra uma segunda edição no ano que vem”, comentou João Baltar Freire, presidente da editora.
Música e dança
Ao longo de três dias, além da programação literária, o Literarte levou música, dança e oficinas ao público de Fernando de Noronha. No encerramento, o evento promoveu shows da cantora Marina Mar e da banda Café Preto, que tem o cantor Cannibal como vocalista.
O Grupo Cultural Dona Nanete, formado por mulheres moradoras da ilha, fez uma apresentação de dança flamenca. A performance evoca a presença histórica da população cigana em Fernando de Noronha e a lenda local da Cigana do Cajueiro.
*O repórter viajou à convite da Superintendência de Turismo, Cultura e Esportes de Fernando de Noronha

