Morre a camaronesa Koyo Kouoh, responsável pela curadoria da Bienal de Veneza de 2026
Ela iria suceder o brasileiro Adriano Pedrosa, curador da edição 2024 do evento
Curadora da Bienal de Veneza de 2026, a camaronesa radicada na Suíça Koyo Kouoh morreu neste sábado (10), aos 57 anos, segundo informou a organização do evento italiano. No comunicado oficial, a Bienal não citou a causa da morte nem informou em que local da Suíça ela havia falecido.
Com a indicação de Koyo, em dezembro do ano passado, a Bienal de Veneza teria como curadora mulher nascida em um país africano pela primeira vez. Ela iria anunciar no próximo dia 20 o título e o tema da exposição principal da 61ª edição da mostra, que será realizada entre abril e novembro de 2026. Antes de Kouoh apenas uma pessoa de origem africana havia sido curador da Bienal de Veneza, o nigeriano Okwui Enwezor, que ocupou o posto em 2015.
Desde 2019, Kouoh era diretora executiva do Zeitz Museum of Contemporary Art Africa (MOCAA), na Cidade do Cabo, África do Sul, que abriga a maior coleção de arte contemporânea do continente. Ela fundou e dirigiu a Raw Material Company, um centro de arte em Dacar, Senegal. Também trabalhou nas equipes de curadoria da Documenta 12 e 13 e foi curadora da programação educacional e artística da Feira de Arte Contemporânea Africana 1-54, da Bienal Irlandesa de Arte Contemporânea em 2016 e de outras exposições internacionais.
Em nota, a Bienal descreveu a morte da curadora como "surpreendente e prematura", acrescentando que "a sua morte deixa um imenso vazio no mundo da arte contemporânea e na comunidade internacional de artistas, curadores e especialistas, que apreciaram o seu extraordinário empenho intelectual e humano".
A nova curadora substituiria o brasileiro Adriano Pedrosa, curador da Bienal de Veneza em 2024, que teve como tema "Estrangeiros por toda parte".

