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MÚSICA

"Quando o Samba Chama" Paulinho da Viola sobe ao palco

Cantor e compositor carioca se apresenta nesta sexta (25) no Classic Hall, em Olinda

Paulinho da Viola apresenta "Quando o Samba Chama" nesta sexta-feira (25), no Classic HallPaulinho da Viola apresenta "Quando o Samba Chama" nesta sexta-feira (25), no Classic Hall - Foto: Reprodução/Instagram

É que “Quando o Samba Chama”...

Paulinho da Viola impõe em vastidão a trajetória cantada (e contada) por letras e melodias que justificam ser ele, em refino e elegância, um “Príncipe do Samba” - nobreza que perfaz as suas mais de seis décadas de um fazer artístico sereno, incólume e pleno, no ‘frescor dos seus pouco mais de 80 anos de vida. Uma vida, vale ressaltar, envolta em samba, choro e poesia. 

Logo mais à noite, no palco do Classic Hall, o carioca mais sofisticado da Música Popular Brasileira privilegia o público com clássicos atemporais que compõem a cadência bonita de sua obra. 

Antes do show, a partir das 20h, fica a cargo do DJ 440 movimentar o público. 

Paulinho, um Timoneiro
Paulo César de Baptista Faria é navegador de si mesmo - embora relute em admitir quando em “Timoneiro” (1996) convence, em letra de Hermínio Belo de Carvalho, que quem o navega é o mar. 

 

Da vanguarda do samba e do choro, e como um bom carioca, ele sempre fez do gênero o seu habitat e na calmaria de uma oração.



E aqui vale rememorar Vinicius de Moraes quando cantava que “pra fazer um samba com beleza, é preciso um bocado de tristeza" - embora no enredo de Paulinho da Viola, o sentimento ganha ares de graciosidade.

“Amor, vida, samba e coração”
Na ocasião dos 80 anos, celebrados em 2022, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) apresentou como forma de homenagem a Paulinho da Viola um levantamento que trouxe, a partir de de sua obra, as palavras mais cantadas nas andanças musicais do artista. “Amor”, “Vida”, “Samba” e “Coração” estavam entre os verbetes recorrentes de seu repertório atemporal e com mais de 200 composições. 

Ainda de acordo com o Ecad, do cancioneiro de mais de seis décadas de Paulinho tem “Foi um Rio que Passou em Minha Vida”, “Coração Leviano”, “Argumento”, “Dança da Solidão” e “Para Ver as Meninas” no rol das mais gravadas e mais ouvidas do cantor e compositor, cujas referências de infância se voltavam para nomes como Pixinguinha e Jacob do Bandolim, sob influência do pai, o violonista César Farias (1919-2007).

Para o show desta noite, em Olinda, e de cavaquinho em punho, um passeio de clássicos de carreira vai percorrer canções autorais e de nomes como Zé Keti, Cartola e D. Ivone Lara - outros, o tanto quanto nobres e incontestáveis da música e do samba no Brasil. 

No set list de logo mais estarão, ainda, “Pecado Capital”, “Sinal Fechado”, “Sei Lá Mangueira”, “Eu Canto Samba” e claro, “Para um Amor no Recife” - canção da década de 1970 dedicada a Maria José Aureliano ou a ‘Dedé Aureliano’, sua “mãe adotiva”.

Uma professora feminista que acolheu o sambista em sua vinda à capital pernambucana, nos tempos sombrios da Ditadura Militar.

SERVIÇO
Paulinho da Viola - “Quando o Samba Chama”

Quando: Sexta-feira (25), a partir das 20h
Onde: Classic Hall - Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda
Ingressos a partir de R$ 150 no site Acesso Ticket
Informações: (81) 3427-7501

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