Rock Rural marca encontro de gerações no Bairro do Recife
Formado por Guarabyra, Zé Geraldo, Tuia Lencioni e Ricardo Vignini, o show do disco 'Nós do Rock Rural - Encontro de Gerações' será apresentado nesta quinta-feira (2), no espaço Cálidus, Bairro do Recife
A música precisa de respiros. De (re)afirmações de gerações, de sonoridades de viola, de versos e harmonias afinadas. Tuia Lencioni, Ricardo Vignini, Guarabyra e Zé Geraldo bem sabem disso e têm se espalhado palcos afora com shows das sempre bem-vindas canções do disco “Nós do Rock Rural - Encontro de Gerações (Kuarup Music, 2019)”, que chega ao Recife nesta quinta-feira (2), no espaço Cálidus, no Bairro do Recife. A apresentação, trazida pelo cantor e compositor pernambucano Zé Renato - dentro do seu projeto Sarau - tem início às 21h.
“O intuito é dar ao espectador um panorama daquilo que nos une”, reforça Guarabyra em conversa com a Folha de Pernambuco sobre a noite de celebração do folk rock brasileiro.
“Deu liga”, anima-se Zé Geraldo, convidado do grupo que também contava com o artista mineiro Tavito (1948-2019), parceiro de Zé Rodrix na clássica "Casa no Campo" (1971), entre tantas outras canções de um dos membros do “Clube da Esquina” que, para Guarabyra, “(...) virou saudade, mas que no palco é homenageado e estará sempre presente em nossas apresentações”.
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Para o show eles alternam entre composições próprias e de parceiros de estrada, a exemplo de Rua Ramalhete (Tavito), Espanhola (Guarabyra e Flávio Venturini) e Senhorita e Galho Seco, umas das tantas do cancioneiro de Zé Geraldo, que vibrou com seu retorno ao Recife, cidade que traz para ele boas memórias.
“Foi uma alegria saber que iríamos passar pela cidade com a qual mantenho uma ligação muito forte, desde o tempo em que morei na casa do Fernando Filizola (Quinteto Violado), quando fui acolhido por ele, pelos pais dele”, conta o mineiro que se considera "do mundo", não-pertencente a estilos musicais e que sempre prezou pela liberdade na criação de seus repertórios.
“O Zé Rodrix, o Renato Teixeira e o Almir Sater diziam que eu fazia rock rural. Outros amigos afirmavam que eu fazia folk. Mas eu nunca me prendi a nada e ia fazendo minhas canções, deixando que elas viessem com leveza”, ressalta ele que segue há pelo menos quatro décadas como um dos nomes de peso e “fora da caixa” das obviedades e modismos do mercado fonográfico brasileiro, assim como todos que formam o Rock Rural. E voltando para os respiros da (boa) música, a ideia é “continuar divulgando o estilo, fazendo poesias que fazem pensar, compondo com harmonias criativas e melodias que emocionam”, garante Guarabyra.
Serviço
Nós do Rock Rural, com Guarabyra, Tuia Lencioni, Ricardo Vignini e Zé Geraldo (abertura com Zé Renato)
Cálidus (av. Rio Branco, 66, Bairro do Recife), 21h
Nesta quinta-feira (2), às 21h
Ingressos: R$ 50


