Sean "Diddy" Combs é condenado a 4 anos e 2 meses de prisão
Magnata da música respondeu ao crime de transporte para fins de prostituição
O rapper Sean 'Diddy' Combs foi condenado a 4 anos de prisão, nesta sexta-feira (3), pelo tribunal federal de Manhattan por duas acusações de transporte para fins de prostituição. Ele havia sido absolvido das acusações mais graves de tráfico sexual e conspiração para extorsão.
As condenações envolvem a ex-namorada Cassie Ventura e uma segunda vítima identificada apenas como “Jane”. A Lei Mann, sob a qual Combs foi condenado, criminaliza o transporte de pessoas entre estados para fins de exploração sexual.
O julgamento, iniciado em maio de 2025, reuniu testemunhos de vítimas e testemunhas que relataram coerção, intimidação e manipulação ao longo de duas décadas. A defesa argumentou que as acusações eram exageradas e que o processo foi conduzido de forma “excessivamente zelosa”.
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Apesar disso, o juiz Arun Subramanian determinou a pena de 4 anos, dentro das diretrizes federais indicadas para o caso.
Preso desde setembro de 2024, o artista teve sucessivos pedidos de liberdade sob fiança negados pela Justiça, segundo o New York Times, durante a audiência, os seis filhos adultos do artista se emocionaram ao falar brevemente, pedindo clemência.
A defesa também apresentou um vídeo de 11 minutos destacando Combs como filantropo e líder inspirador, mas a sentença considerou principalmente as provas referentes ao transporte das vítimas.
Como o caso chegou aos tribunais
A imagem pública de Diddy começou a ruir no fim de 2023, quando Cassie Ventura o acusou de coerção, agressões e estupro em encontros que chamou de “freak offs” — festas de sexo e drogas promovidas pelo rapper.
Embora tenha feito um acordo e retirado o processo horas depois, o episódio abriu caminho para novas denúncias. Em março de 2024, duas mansões do músico foram alvo de buscas federais, e meses depois um vídeo de 2016 mostrando ele agredindo Cassie se tornou público. Pouco depois, Diddy foi preso em um hotel de Nova York.
O julgamento, iniciado em maio de 2025, reuniu uma série de testemunhos que relataram violência, intimidação e manipulação. Segundo a promotoria, o artista teria usado sua influência para coagir mulheres ao longo de duas décadas.
Quem é Sean “Diddy” Combs
Nascido em Nova York em 1969, Sean John Combs é um dos nomes mais influentes da história do hip-hop. Dono da gravadora Bad Boy Records, foi responsável por lançar artistas como Usher, Mary J. Blige e The Notorious B.I.G.
O álbum No Way Out (1997) lhe rendeu um Grammy e consolidou sua carreira. Além da música, construiu um império empresarial nos setores de moda e bebidas. A revista Time já o descreveu como “o homem mais onipresente do hip-hop”.
Agora, aos 54 anos, o artista que moldou parte da cultura pop dos anos 1990 e 2000 enfrenta o capítulo mais delicado de sua trajetória. O tribunal de Manhattan será palco, nesta sexta-feira, da decisão que pode redefinir seu futuro.

