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CULTURA

Theatro Municipal de SP pode ter troca de administração após crise

Prefeitura tem 30 dias para apresentar as medidas tomadas ao Tribunal de Contas do Município

Theatro MunicipalTheatro Municipal - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP) aprovou por unanimidade, em sessão plenária nesta semana, a solicitação para que a Fundação Theatro Municipal realize um edital para escolher uma nova organização social de cultura para gerir o teatro, após a crise envolvendo a atual gestora.

O relator da proposta, o conselheiro Domingos Dissei, deu um prazo de 30 dias, a partir de terça-feira, para que a fundação e a Prefeitura de São Paulo informem ao TCM as medidas apresentadas para a nova convocação. Impactados por uma crise financeira, seguida de várias demissões e sucateamento do corpo artístico, os funcionários denunciaram a má gestão da Sustenidos, atual organização que administra o teatro.

Dissei também recusou o recurso apresentado pela Sustenidos e outro pela fundação, e lembrou enquanto proferia seu voto, os motivos que levaram à aplicação de multas à atual direção:

"O não cumprimento das metas de produção, [...] alteração sem aviso prévio à Fundação Theatro Municipal de São Paulo do quadro de cargos compartilhados, não envio da integralidade da relação de contratos e reiteradas prorrogações do prazo de ocupação da Praça das Artes".

Autonomia do Balé

Além disso, há uma proibição acerca da autonomia do Balé da Cidade. Assim como o coro lírico e a orquestra, o balé também não toma conta de suas próprias redes sociais — algo reivindicado pelos artistas. Procurados, a OS e a prefeitura não se posicionaram acerca do assunto.

A Sustenidos administra o Municipal desde abril de 2020. Antes, a organização era conhecida como Projeto Guri, pois também estava à frente do programa social que promove a educação musical e o desenvolvimento social de crianças no interior de São Paulo. A gestora mudou de nome e reposicionou sua marca um ano antes de entrar no edital para administrar o local.

Em agosto de 2021, o Instituto Baccarelli, que estava na competição para gerir o Theatro, apresentou ao TCM um documento questionando a vitória da Sustenidos. Quatro meses depois, os conselheiros consideram, também por unanimidade, a representação procedente, apontando que houve conduta indevida na seleção de escolha da gestão do teatro.

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