"Vale Tudo": Olavinho de 88 garantiu ser assassino de Odete e criou confusão com jornal; entenda
Paulo Reis recebeu roteiro falso e deu entrevista baseado no texto
Vale tudo, no passado e no presente, para despistar atores e audiência sobre a identidade do assassino de Odete Roitman.
Se hoje foram gravados dez finais, com os cincos suspeitos cometendo e não cometendo o crime, na primeira versão, os autores escreveram roteiros falsos e gravaram a cena verdadeira apenas no dia de exibição do último capítulo, em 6 de janeiro de 1989.
Essa estratégia confundiu alguns atores, como Paulo Reis, que interpretou Olavo na versão de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, que começou a ir ao ar em maio de 1988.
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Paulo recebeu um roteiro em que ele era o assassino e conversou com uma repórter do jornal "A última hora", do Rio de Janeiro, sobre o assunto.
A publicação, por sua vez, estampou na primeira página do dia 6 de janeiro, data do capítulo final da novela, que o assassino era Olavo, tendo como fonte o próprio ator.
O que parecia um "furo" (notícia dada em primeira mão) nada mais foi do que uma "barriga" (um erro, ou, em tempos atuais, fake news).
Ao jornal O Globo, no dia 7 de janeiro, Paulo explicou que recebeu o texto na quarta-feira e deu uma entrevista à jornalista, "uma velha amiga", que se comprometeu a publicar apenas no sábado, quando a identidade já fosse revelada.
"Soube então que se tratava de uma brincadeira para despistar a imprensa. Não sei se outros atores receberam falsos scripts também. Foi horrível ver a notícia estampada na primeira página do jornal".
Como foi o final de Olavo na primeira versão?
O vigarista, em 1988, que passou a novela dando golpes ao lado de César, termina preso. Consuelo (Rosane Gofman), que estava tendo um caso com ele antes da prisão, é a única que fica do lado dele. Ela vai visitá-lo na prisão, levando cigarro, bolo, maçãs e jornal.
"E a grana, Consuelo? Grana!", ele pede.
"Claro que eu trouxe", ela responde.

