Dom, 07 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
BRASÍLIA

Após ofensiva do governo, oposição adia pedido de CPMI do INSS em busca de mais assinaturas

Apresentação estava prevista para esta terça, mas ficou para a próxima semana

Congresso NacionalCongresso Nacional - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O grupo de parlamentares da oposição que articula a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS decidiu adiar para a próxima semana o protocolo formal do pedido de instalação.

A decisão foi tomada nesta terça-feira, após avaliação de que o governo trabalha para retirar assinaturas.

O pedido já conta com o apoio de 30 senadores, de acordo com a senadora Damares Alves (PL-DF). O número já superaria as 27 assinaturas de senadores necessárias para a instalação da CPMI, que tambem exige o aval de ao menos 171 deputados. A oposição quer chegar às 40 assinaturas.

A avaliação nos bastidores é que uma adesão mais expressiva aumentaria a pressão sobre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) para que a investigação seja instalada com celeridade.

Lideranças da oposição afirmam que ainda há margem para convencer senadores que integram partidos da base aliada do governo, especialmente diante da repercussão negativa das denúncias envolvendo entidades sindicais e associativas suspeitas de fraudar descontos em benefícios previdenciários em um rombo que pode chegar a R$ 6 bilhões.

Apesar do impulso político que a proposta vem ganhando, ainda há parlamentares da oposição que não assinaram o requerimento. Parlamentares bolsonaristas avaliam que o adiamento vai permitir ampliar o apoio à instalação da CPMI.

A oposição considera que há apelo na opinião pública a favor de investigações sobre o escândalo, o que dificultaria eventuais tentativas de barrar o andamento da CPMI.

Veja também

Newsletter