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legado transformador

ARIA SOCIAL: um legado transformador

Com a fundadora Cecília Brennand na lista da Forbes Brasil, projeto impacta milhares de jovens com inclusão e formação artística

 Cecília Brennand, bailarina e diretora geral do ARIA SOCIAL Cecília Brennand, bailarina e diretora geral do ARIA SOCIAL - Foto: Alícia Cohim/Divulgação
  • Créditos:  Alícia Cohim
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A arte tem o dom de atravessar fronteiras invisíveis, de sensibilizar pessoas e redesenhar destinos. Há 35 anos, o ARIA SOCIAL faz exatamente isso: traz arte-educação como ferramenta de inclusão e democratização do ensino e transforma a vida de crianças e jovens, por meio de formação, capacitação e inserção no mercado de trabalho.

Fundada em 1991 pela bailarina Cecília Brennand como Aria – Espaço de Dança e Arte, a instituição cresceu e, em 2004, tornou-se uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Desde então, sua missão ecoa entre palcos e corações: educar, profissionalizar e oferecer oportunidades àqueles que encontram na arte um refúgio e um novo começo.

Recentemente, Cecília Brennand entrou para a lista da Forbes Brasil como uma das mulheres mais poderosas do País. A bailarina enxerga o reconhecimento como importante. "Há a credibilidade de uma revista internacional, onde o seu presidente, Antonio Camarotti, em uma visita ao projeto, reconheceu como instituição de grande impacto e se emocionou várias vezes durante a visita”, pontuou.

História

A história do ARIA SOCIAL é tecida com sonhos, desafios e conquistas. Em 2017, ampliando seu olhar para além das salas de ensaio, nasceu o Projeto Casa de Maria, um espaço onde mães e familiares dos alunos aprendem técnicas artesanais, incentivando o empreendedorismo e transformando habilidade em sustento, e criatividade em autonomia. Em 2022, mais um passo decisivo: a criação do Curso Técnico em Dança Social, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), inédito no Estado e que consolidando a paixão pela arte e a inserção no mundo profissional.

Os números impressionam, mas são nas histórias de vida que reside a verdadeira grandeza do ARIA SOCIAL. Desde 2004, mais de 13 mil crianças e jovens passaram pela instituição, e a cada ano, 580 alunos encontram aprendizado e também um horizonte. O compromisso com a educação reflete-se nas estatísticas: 89% de frequência nas atividades, 87% de aprovação escolar, 60% ingressando no Ensino Superior e 28% conquistando notas acima de 9,0 na escola regular.

Com uma equipe formada há muitos anos, Cecília faz questão de enaltecer o comprometimento do seu time. “Toda a equipe além de competente, é comprometida com o mesmo propósito: a arte resgata a cidadania”, disse. Ela citou como exemplo, Inês Lima, que coordena o ensino de dança clássica e o curso técnico, e faz parte do ARIA desde sua fundação, contribuindo de forma essencial para a formação de novos talentos.

Capacitação
A atuação do ARIA SOCIAL se desenha em cinco grandes frentes. Na arte-educação, crianças a partir dos seis anos mergulham no universo da dança, da língua portuguesa, da música, do teatro e da palavra. Na formação artística, o canto coral, a dança contemporânea e o balé clássico refinam talentos e abrem portas. 

No curso técnico em dança, os alunos trilham um caminho estruturado rumo ao profissionalismo. No núcleo de inclusão social, jovens com síndrome de Down encontram na arte uma ferramenta de expressão e pertencimento. Já no Projeto Casa de Maria, fios de crochê, tramas de macramê e tecelagens em jornal se entrelaçam em peças artesanais que levam adiante não apenas beleza, mas esperança.

A transformação promovida pelo Aria Social se espalha por 50 bairros de sete municípios da Região Metropolitana do Recife. E o impacto não para por aí: 40% dos professores da instituição foram, um dia, alunos em suas salas; 90% dos formados no curso técnico em dança encontram espaço no mercado de trabalho; sete ex-alunos criaram suas próprias escolas de dança, plantando novas sementes onde antes havia apenas o desejo de aprender.

Pelo Brasil
Responsável por produzir musicais que já rodaram o Brasil, o ARIA SOCIAL, está em cartaz, atualmente, com o Musical "Capiba, pelas ruas eu vou", que já foi assistido por seis mil só no Sudeste e coleciona mais de 25 mil espectadores em todo o País.

“A cultura pernambucana foi brilhantemente representada durante essas apresentações em São Paulo. O espetáculo, de uma riqueza visual e musical impressionante, emocionou o público e demonstrou a grandiosidade da nossa tradição”, destacou Cecília Brennand.

O musical conta com uma equipe experiente e dedicada, composta por profissionais que atuam no projeto ARIA há mais de 20 anos. A direção musical, arranjos e regência são assinados por Rosemary Oliveira, enquanto o roteiro, a direção artística e a coreografia ficam a cargo de Ana Emília Freire, e a criação do figurino é assinada por Beth Gaudêncio. Tuca Andrada é um dos nomes que também colaboraram na direção teatral da apresentação.

"Capiba, pelas ruas eu vou" sucede outros musicais de sucessos como “Lua Cambará” e “Nosso Villa - Um Musical Villa Lobos”. “No espetáculo Lua Cambará, por exemplo, tivemos uma contribuição especial de Ronaldo Correia de Brito, renomado escritor e dramaturgo, autor do conto que inspirou o musical. A trilha sonora foi composta por Zoca Madureira, outro nome fundamental para a cultura pernambucana e nacional”, ressaltou a fundadora. 

Para que essa história continue a ser escrita, o ARIA SOCIAL conta com a generosidade de doadores e incentivos fiscais via Lei Rouanet, permitindo que pessoas e empresas se tornem parte dessa corrente de transformação.

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