BNDES aprova R$ 1 bi para O Boticário investir em modernização de maquinário e expansão
Financiamento foi concedido no âmbito da linha BNDES Máquinas e Serviços, que cobra juros de mercado em suas operações
O BNDES aprovou um empréstimo de R$ 1 bilhão para o Grupo Boticário, fabricante de cosméticos originário do Paraná que possui rede de lojas no país. O financiamento foi concedido no âmbito da linha BNDES Máquinas e Serviços, que cobra juros de mercado em suas operações.
Com o empréstimo, o grupo empresarial “poderá adquirir máquinas, equipamentos, sistemas industriais, componentes, bens de informática e automação, e, também, bens industrializados nacionais, serviços nacionais e equipamentos importados com impossibilidade de fornecimento de similar nacional”, informou o BNDES, em comunicado.
Segundo a nota, o CFO (diretor financeiro) do Grupo Boticário, Marcelo Azevedo, explicou que os recursos serão direcionados para a “modernização do parque de equipamentos fabril e logístico” da companhia, “além da compra de materiais e insumos, em continuidade ao movimento de expansão e melhoria do nosso ecossistema de beleza”.
No mesmo comunicado, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que os financiamentos do banco para a Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial lançada no início do terceiro governo Lula, já alcançaram R$ 220 bilhões, “beneficiando negócios em todas as regiões do país”.
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Máquinas e equipamentos
Lançada no início de 2024, a linha BNDES Máquinas e Serviços “oferece financiamento direto para a compra de máquinas e equipamentos e de serviços de alto valor agregado na mesma operação”, conforme nota divulgada pelo banco de fomento por ocasião do lançamento. Um dos objetivos foi simplificar o fluxo de aprovação dos empréstimos.
A linha substituiu o BNDES Finame Direto. O Finame engloba todas as linhas do banco de fomento para o financiamento aos investimentos em bens de capital, que, historicamente, sempre tiveram destaque operacional no BNDES.
Desde 2018, quando o governo Michel Temer alterou a política de juros do BNDES, com a introdução da TLP, que segue as taxas de mercado, os empréstimos para a aquisição de bens de capital vinham em queda.
Com a volta do PT ao poder, e o BNDES sob comando de Mercadante, o banco de fomento vem buscando alternativas de fontes de recursos mais em conta, para oferecer financiamentos com juros finais um pouco abaixo das taxas de mercado.
Nesse movimento, algumas operações para a aquisição de máquinas e equipamentos passaram a se beneficiar de juros menores nas linhas para a inovação.

