Dom, 07 de Dezembro

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CNI pede "bom senso" na relação Brasil-EUA e critica tarifa de 50% sobre produtos brasileiros

Segundo a entidade, o momento exige "reflexão sobre possíveis equívocos de natureza política ou ideológica" e uma atuação pragmática por parte dos governos

Analistas avaliam que política defendida por Trump terá efeitos na corrente de comércio mundial Analistas avaliam que política defendida por Trump terá efeitos na corrente de comércio mundial  - Foto: Claraboia Filmes/CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) voltou a se manifestar publicamente nesta segunda-feira contra o que classifica como um “injustificável” aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

A entidade reforçou que não há motivação econômica ou comercial para o Brasil ter sido retirado de uma alíquota mínima de 10% e colocado no teto de 50% da taxação.

“Queremos acreditar que tal situação não se deva única e exclusivamente a uma escalada de posições políticas e geopolíticas! O que, certamente, seria inaceitável para não só às relações comerciais, bem como para toda a sociedade brasileira e americana”, afirma a CNI, em nota.

A elevação tarifária decorre da retomada de medidas previstas na chamada Seção 301 da legislação comercial americana, que permite a imposição de sanções tarifárias em resposta a práticas consideradas desleais. A CNI, no entanto, defende que os EUA conduzam o processo de forma transparente e técnica, e já solicitou formalmente que a decisão seja revista ou ao menos adiada por 90 dias.

Segundo a entidade, o momento exige “reflexão sobre possíveis equívocos de natureza política ou ideológica” e uma atuação pragmática por parte dos governos. “Vamos focar em clarificar os entendimentos que levam a posições políticas exacerbadas”, diz a nota.

A Confederação também ressalta que o Brasil sempre manteve uma posição de “boa relação internacional com todos” e que eventuais divergências devem ser resolvidas com equilíbrio e diálogo, sem escaladas que prejudiquem o comércio bilateral.

“Esperamos o consenso e o bom-senso para o desfecho desse equívoco que é a taxação de 50% sobre as exportações brasileiras”, finaliza a CNI.

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