Comissão do Senado pede informações ao Banco Central sobre compra do Master pelo BRB
Transação foi anunciada na última sexta-feira e ainda depende de aval do BC e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou, nesta terça-feira, um requerimento que solicita ao Banco Central (BC) informações sobre a compra do Banco Master pelo BRB.
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O senador Izalci Lucas (PL-DF) questiona ao presidente do BC, Gabriel Galípolo, “detalhes da operação de compra do Banco Master pelo Banco de Brasília, de maneira especial o percentual de ações ordinárias e preferenciais adquiridas e o novo desenho societário”.
As perguntas feitas foram:
BRB será o controlador pleno do Banco Master?
Qual será a posição do atual CEO do Banco Master a partir da aquisição pelo BRB?
Quais os critérios utilizados na segregação dos ativos do Banco Master?
Quais ativos do Banco Master estão sendo adquiridos pelo BRB e quais estão ficando de fora?
Quais os possíveis riscos, consequências e chances de que os “ativos de duvidosa qualidade ou ativos podres” do Banco Master contaminem o patrimônio e as demonstrações contáveis do BRB?
É verdadeira a afirmação do Valor Econômico de que os depósitos elegíveis do Master representam quase 50% da liquidez do FGC?
É normal, regular e recomendável que apenas uma instituição financeira, no caso, o Banco Master, “se aproprie” de quase metade dos recursos do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), fundo destinado a proteger o patrimônio de investidores pessoa física com até R$ 250.000,00 por CPF?
O BRB pode pagar cerca de R$ 2 bilhões pelo Master em uma operação que vem sendo alvo de questionamentos no mercado.
A transação foi anunciada na última sexta-feira e ainda depende de aval do BC e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Na manhã desta terça-feira, Galípolo se reuniu com o controlador do Master, Daniel Vorcaro, para tratar da operação.
Ontem, Galípolo teve um encontro com o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o presidente do conselho de administração e sócio sênior do BTG, André Esteves, que já havia manifestado interesse em adquirir parte da operação do Master.

