Conversão de farmácias independentes em franquias ganha força entre pequenos varejistas
Modelo de negócio atrai empreendedores que buscam escala, suporte e competitividade
Os microempresários no ramo da saúde têm encontrado no modelo de franquias uma alternativa viável para o crescimento sustentável em meio aos desafios do setor.
Em Pernambuco, o programa Farmácia Popular credenciou 53 novas farmácias em 31 municípios em 2025, ampliando o acesso a medicamentos em áreas de baixa renda. Ainda assim, o segmento de farmácias independentes no Brasil lidera tanto a abertura, quanto o fechamento de lojas.
Segundo levantamento da Close-Up International, 10,9% dos pontos de venda abertos nos últimos dois anos já encerraram as atividades.
Nesse contexto, a Farmais, rede pioneira no modelo de franchising, tem investido nos pequenos empreendedores para a conversão das farmácias em franquias.
“A gente tem conversado com donos de farmácias que estão operando com R$ 30 mil ou R$ 40 mil por mês, sem tecnologia, sem apoio e sem escala. Em muitos casos, eles até gostariam de crescer, mas não têm estrutura. A conversão para um modelo franqueado tem permitido a essas farmácias não só sobreviver, mas multiplicar o faturamento”, explica Ricardo Kunimi, CEO da Farmais.
CEO da Farmais Ricardo Kunimi. Foto: divulgação/ FarmaisBenefícios
Os resultados são expressivos: enquanto uma farmácia independente costuma faturar entre R$ 24 mil e R$ 92 mil por mês, as unidades franqueadas da rede registram média mensal de R$ 360 mil.
A marca, que já soma 250 unidades no Brasil, 80% delas oriundas da conversão de farmácias locais, está acelerando sua expansão em cidades como Salvador (BA), Petrolina (PE), Marechal Deodoro (AL) e Natal (RN).
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A expectativa é de abrir até dez lojas por município, com investimento estimado em R$ 28 milhões na região e geração de 500 novas vagas de emprego.
Além do ganho de escala, os franqueados contam com suporte técnico, acesso a sistemas de gestão, marketing estruturado, treinamentos e condições comerciais mais vantajosas junto à indústria.
Em um mercado cada vez mais competitivo, inclusive com a entrada de marketplaces como Amazon e Mercado Livre no setor de medicamentos e higiene, o modelo de franquia tem se mostrado uma alternativa viável para pequenos varejistas que desejam se manter relevantes.
A estratégia da rede aponta para um caminho possível de reequilíbrio do setor: ao fortalecer farmácias de bairro com estrutura, escala e suporte técnico, elas não apenas aumentam sua competitividade, como ampliam o acesso da população a produtos e aos serviços de saúde.
Mais do que uma tendência, esse pode ser o modelo dominante na próxima fase do varejo farmacêutico nacional.

