Dilma Rousseff é aprovada como nova presidente do banco do Brics
A instituição tem US$ 6 bi em projetos no Brasil. O mandato está previsto para durar até julho de 2025
O New Development Bank (NDB), banco dos Brics, confirmou há pouco que seu conselho de diretores elegeu por unanimidade a ex-presidente Dilma Rousseff para liderar a instituição. Dilma passa a ser presidente do banco imediatamente.
Bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics tem no seu banco o principal instrumento de promoção de investimentos, para financiar obras e projetos em países parceiros. Dilma foi a única candidata, com indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O mandato está previsto para durar até julho de 2025.
Desde 2016, o Brasil teve US$ 6 bilhões em projetos aprovados, segundo levantamentos do banco. Em 2020, o país atingiu o pico de financiamentos, com US$ 3,4 bilhões aprovados. No ano passado, porém, foram apenas US$ 804 milhões.
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O anúncio ocorre pouco antes da viagem de Lula para a China - que precisou ser adiada por causa da pneumonia do presidente.
Dilma deve receber um salário de pelo menos R$ 290 mil no novo cargo. Segundo o último balanço anual divulgado pelo NBD, o total pago em salários e benefícios aos seis postos de chefia do banco — formados pela presidência e cinco vice-presidências — é de US$4 milhões por ano.
O NDB tem foco em financiamentos de projetos em duas grandes áreas: infraestrutura e sustentabilidade. Além dos integrantes dos Brics, o banco tem outros países emergentes entre seus membros: Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai.
Segundo um integrante do banco, ouvido pelo Globo, a expectativa é que a instituição continue em trajetória de crescimento e expansão do aporte de investimentos no Brasil.
Dilma Rousseff substitui o então presidente Marcos Troyjo - que atuava no NDB desde julho de 2020 e foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

