FMI estima que tarifaço de Trump deve ter efeito pequeno sobre o Brasil
Informação consta da edição de outubro do Regional Economic Outlook para o Hemisfério Ocidental, segundo o qual o PIB brasileiro deve desacelerar neste ano
As tarifas mais altas dos Estados Unidos devem ter um efeito relativamente pequeno sobre a economia brasileira.
A declaração consta da edição de outubro do Regional Economic Outlook para o Hemisfério Ocidental divulgado nesta sexta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Segundo o relatório, isso se deve a diversos fatores entre os quais o fato de os EUA serem o terceiro maior mercado de exportação do Brasil (cerca de 12%), atrás da China (30%) e da União Europeia (14%); e de os produtos afetados representarem cerca de 36% das exportações brasileiras para os EUA.
Além disso, diz o relatório, muitos desses produtos são commodities, que podem ser redirecionados para outros mercados.
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O relatório do FMI afirma ainda que o crescimento da economia brasileira deve moderar neste ano, projetando um Produto Interno Bruto (PIB) de 2,4%, citando uma política monetária restritiva, redução do apoio fiscal e aumento da incerteza global. No entanto, a economia brasileira tem demonstrado força e capacidade de resiliência, ressalta o documento.
Em relação à inflação, o relatório prevê um percentual de 4,9% neste ano, acima do intervalo da meta estabelecida pelo Banco Central.

