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TARIFAS

Haddad diz que vai se reunir com Bessent para discutir tarifaço e que Brasil vai recorrer

Haddad diz que vai se reunir com Bessent para discutir tarifaço e que Brasil vai recorrer a todas as instâncias

Ministro da Fazendo, Fernando HaddadMinistro da Fazendo, Fernando Haddad - Foto: Washington Costa/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que deve se reunir com o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, para negociar o tarifaço do governo americano. Segundo ele, é necessário buscar um "resultado muito melhor" do que o anunciado ontem, e o governo brasileira vai recorrer a todas instâncias necessárias para que isso aconteça.

— A assessoria do secretário Bessent fez contato conosco ontem e que finalmente vai marcar a segunda conversa [...] haverá agora uma rodada de negociações, e vamos levar às autoridades americanas o nosso ponto de vista, e obviamente vamos recorrer às instâncias devidas, tanto nos EUA quanto organismos internacionais — disse Haddad na entrada do Ministério da Fazenda para jornalistas.

Na tarde desta quarta-feira, Donald Trump assinou uma ordem executiva determinando a aplicação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida foi anunciada em comunicado oficial da Casa Branca e está prevista para entrar em vigor dentro de sete dias.

 

De acordo com o texto da ordem executiva, "artigos originários do Brasil importados para o território aduaneiro dos Estados Unidos estarão, conforme a legislação vigente, sujeitos a uma tarifa adicional de 40%" (que se somam aos 10% que já eram válidos). Essa tarifa irá incidir sobre mercadorias registradas para consumo, ou retirada de armazém para consumo, a partir das 0h01 (horário de verão do leste dos EUA) do sétimo dia após a assinatura do ato.

Pouco após a divulgação da medida, o governo americano também apresentou uma relação de exceções ao tarifaço, que inclui quase 700 itens como petróleo, suco de laranja e aviões. A lista que é extensa, exclui produtos de setores estratégicos para os EUA, mas deixa de fora a carne bovina — que é um dos principais produtos exportados pelo Brasil para o mercado norte-americano.

Hoje cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as conversar estavam evoluindo e mencionou a possibilidade de viajar a Washington junto com o vice-presidente Geraldo Alckmin "caso haja uma agenda estruturada" com autoridades norte-americanas. O objetivo seria buscar alternativas para reduzir o impacto econômico da medida, que ameaça setores industriais e o agronegócio brasileiro.

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