Ibovespa sobe a nível histórico de 148 mil pontos por otimismo com EUA-China e corte pelo Fed
Às 11h12, o Índice Bovespa subia 0,73%, aos 148.528,84 pontos
O Ibovespa alcançou logo na abertura marca inédita dos 148 mil pontos. Assim, supera o nível histórico alcançando ao longo da sessão na segunda-feira, quando atingiu 147.976,99 pontos. A valorização ocorre em meio a expectativas por um novo corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), à tarde, e otimismo com avanço das negociações comerciais entre china e EUA.
Os presidentes dos dois países - Donald Trump e Xi Jinping - se encontrarão amanhã na Coreia do Sul (hoje às 23 horas de Brasília). Hoje, Trump voltou a confirmar seu encontro com o presidente da China. "Acho que será um encontro bem satisfatório tanto para a China quanto para os Estados Unidos. As coisas vão ser muito boas amanhã com o Xi", disse Trump, acrescentando que a reunião deve durar de três a quatro horas.
"Hoje é festa", diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. Segundo ele, além da espera por uma queda nos juros nos EUA hoje, também cresce a expectativa de mais cortes em dezembro. "E o Trump elogiando Xi. Isso tudo anima", completa Laatus.
"As últimas declarações deram um sinal positivo e o mercado brasileiro pega carona", reforça Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença. "Só não sobe mais por conta de Petrobras", afirma.
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As ações da estatal operam com sinais indefinidos: PN subia 0,03% e ON caía 0,69%, às 11h09. O petróleo tinha elevação de 0,60% no exterior.
A safra de balanços brasileira e exterior relativa ao terceiro trimestre é destaque, enquanto a agenda de indicadores fica em segundo plano. As big techs Alphabet, Meta e Microsoft divulgam seus resultados nos EUA após o fechamento dos mercados.
Hoje, o Santander Brasil abriu a temporada de resultados de grandes bancos, com lucro 9,4% maior que o igual período do ano passado e 7,6% acima das estimativas do Prévias Broadcast. Já a taxa de inadimplência abaixo de 90 dias subiu de 3,4% para 3,9%.
No terceiro trimestre, o resultado do Santander Brasil ficou em R$ 4,009 bilhões superando o estimado pelos analistas. O presidente da instituição, Mario Leão, comemorou a volta do lucro trimestral do banco para a casa dos R$ 4 bilhões, o que não acontecia há exatos três anos e três meses.
Já o Bradesco informa seu balanço depois do encerramento do expediente na B3, com expectativa de aumento de 20,6% em seu lucro no terceiro trimestre ante igual período de 2024. Na noite de ontem a Hypera divulgou lucro líquido de R$ 456,1 milhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 23,1%.
"Há expectativa positiva com balanços, mas o investidor sempre fica com a pulga atrás da orelha. Se os dados decepcionarem, tem o risco de jogar o ativo para baixo", afirma Patrick Buss, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
De volta ao tema das tarifas, o Senado norte-americano aprovou ontem uma medida que revoga as tarifas impostas por Trump ao Brasil. A proposta, liderada pelo democrata Tim Kaine e apoiada por cinco senadores republicanos, ainda precisa passar pela Câmara, onde deve enfrentar entraves até março de 2026.
A decisão ocorre após o encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Ásia, recentemente, que abriu portas para negociação. "A possibilidade de melhora na questão das tarifas anima", pontua Buss.
Ontem, o Ibovespa renovou recorde de fechamento aos 147.428,9 pontos, com alta de 0,31% no fechamento.
Às 11h12, o Índice Bovespa subia 0,73%, aos 148.528,84 pontos, ante valorização de 0,80%, na máxima aos 148.614,38 pontos, e abertura aos 147.429,81 pontos, com variação zero, e mínima em 147.429,63 pontos. De 82 papéis, sete caíam, como MBRF (-2,59%), após saltar 15% na véspera. Vale subia 1,40%, em meio ao avanço de 1,93% do minério em Dalian. Unit de Santander avançava 2,96% e Bradesco, cerca de 1%.

