iPhone 16 da Apple chega a lojas de 60 países hoje sem recursos de IA
No Brasil, a pré-venda começa na próxima terça-feira, dia 24, com a venda começando dia 27
Nesta sexta-feira, a Apple lançará a linha do iPhone 16 em quase 60 países, incluindo os Estados Unidos, China, Índia, Austrália e Coreia do Sul. No Brasil, a pré-venda dos novos aparelhos começa na próxima terça-feira, dia 24, com a venda sendo iniciada na sexta-feira, dia 27. Por aqui, os preços irão variar de R$ R$ 7.799 a R$ 15.499.
Mas a gigante americana está enfrentando um desafio sem precedentes: convencer os clientes a comprarem os novos modelos de celulares sem o principal recurso. O dispositivo não virá com o Apple Intelligence instalado — o tão aguardado software de inteligência artificial que a empresa vem promovendo desde junho. Isso significa que os usuários terão que baixar os recursos do software ao longo do tempo, à medida que forem disponibilizados nas próximas semanas e meses.
Isso colocou a Apple em uma posição complicada. A empresa já está promovendo fortemente os recursos de IA, mas alguns consumidores podem adiar a compra dos novos iPhones se não puderem aproveitar os benefícios imediatamente.
Na segunda-feira, dia 16, as ações da Apple registraram queda após o analista da TF International Securities, Ming-Chi Kuo, amplamente seguido, alertar que a demanda pelo novo modelo iPhone 16 Pro da empresa foi menor do que o esperado.
Segundo ele, as pré-vendas, que começaram na última sexta-feira, dia 13, nos Estados Unidos, somaram cerca de 37 milhões de unidades. Isso representa uma queda de quase 13% em relação ao lançamento do iPhone 15 no ano passado e resulta do interesse mais fraco do que o esperado pelo modelo Pro do iPhone 16, disse Kuo.
Leia também
• Pré-venda do iPhone 16 fica abaixo da demanda do iPhone 15, e ações da Apple caem
• Viagens, moto, computador: veja tudo o que dá para comprar pelo preço do novo iPhone 16
• Quando o iPhone 16 será lançado no Brasil? Veja data, valores e as novidades do aparelho
Atualizações modestas
O hardware do novo iPhone, por sua vez, traz apenas atualizações modestas em relação aos modelos anteriores. Um botão de controle da câmera sensível ao toque, que facilita tirar fotos e gravar vídeos, é a mudança mais notável.
Mesmo assim, Wall Street continua otimista de que a Apple pode acelerar o crescimento durante a importante temporada de festas. Analistas estimam que a receita aumentará 8% no trimestre de dezembro — o melhor desempenho para esse período desde o fim de 2021.
A nova linha inclui dois modelos padrão — o 16 e o 16 Plus — além dos modelos de alta performance Pro e Pro Max. As pré-encomendas dos dispositivos começaram na semana passada, e as remessas para as lojas e clientes começam nesta sexta-feira.
Hoje em dia, é raro ver grandes multidões de compradores de iPhone nas lojas da Apple, mas alguns fãs dedicados fizeram fila em lojas ao redor do mundo. A grande questão será se os consumidores comuns também irão adquirir o novo modelo.
O Apple Intelligence foi anunciado em junho na Conferência Mundial de Desenvolvedores da empresa e esteve disponível em um teste beta limitado para desenvolvedores nas últimas semanas.
As unidades iniciais à venda rodarão o sistema operacional iOS 18, que já está no ar, mas o Apple Intelligence exigirá uma atualização over-the-air para o software iOS 18.1, que será lançado somente em outubro
Na quinta-feira, a Apple lançou uma versão beta pública do Apple Intelligence — voltada para um público mais amplo — embora a maioria dos clientes não tenha acesso até que o conjunto de recursos seja lançado em sua forma final no próximo mês. Capacidades adicionais só estarão prontas mais tarde, como parte de um lançamento escalonado que se estenderá até o próximo ano.
Quando o gigante da tecnologia apresentou a linha do iPhone 16, afirmou que os dispositivos foram os primeiros a serem construídos "do zero" para o Apple Intelligence. No entanto, alguns iPhones do ano passado — o 15 Pro e o Pro Max — também poderão suportar os recursos.
O visual dos novos telefones mudou pouco em relação ao design do iPhone 12 de 2020. Mas eles apresentam melhorias notáveis na vida útil da bateria e avanços na câmera — além do novo botão. Os preços começam em US$ 799 para o iPhone padrão, chegando a US$ 1.199 para o Pro Max.
Atrasos nas entregas
Em anos anteriores, os consumidores que encomendavam telefones na loja o-nline da Apple enfrentavam grandes atrasos nas entregas — um sinal de que a oferta não estava atendendo à demanda. Isso tem sido menos problemático este ano, seja porque os pedidos estão mais lentos ou porque a Apple simplesmente tem mais telefones disponíveis.
Novos pedidos dos modelos regulares do iPhone 16 serão entregues no início de outubro, enquanto as versões Pro chegarão por volta da metade do mês.
A Apple também revelou AirPods de nível mais baixo este mês e atualizou seus relógios. Os novos fones de ouvido — chamados de AirPods 4 — estão disponíveis em versões de US$ 129 (quase R$ 700) e US$ 179 (R$ 970) com o modelo mais caro incluindo cancelamento de ruído. Esse recurso anteriormente era exclusivo dos AirPods Pro, que custam US$ 249.
Os mais recentes smartwatches da Apple, por sua vez, não oferecem um grande motivo para fazer o upgrade. O novo Series 10 tem uma tela maior e um design mais fino, mas, no geral, se assemelha ao Series 9. A única mudança no modelo de ponta Ultra, por sua vez, é uma opção de cor preta. Ainda assim, os produtos podem atrair clientes que possuem Apple Watches mais antigos ou que são novos na categoria.
O iPhone, os relógios e os AirPods não serão os últimos novos produtos da Apple em 2024. A empresa também está planejando uma grande reformulação dos computadores Mac ainda este ano.
A Apple trará seu processador M4, focado em IA, do iPad para os laptops MacBook Pro e o desktop iMac. Ela também está preparando a reformulação mais significativa do Mac mini em seus vinte anos de história, com um design menor e novos chips.