Seg, 08 de Dezembro

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Secretário da Fazenda afirma que revisão da tabela do IR custaria R$ 100 bilhões

Secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, fala na comissão da CâmaraSecretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, fala na comissão da Câmara - Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto afirmou nesta terça (20) que corrigir toda a tabela do Imposto de Renda para Pessoas Físicas (IRPF) custaria mais de R$ 100 bilhões ao governo.

Segundo o secretário, é por esse custo alto ao orçamento que o governo optou por uma reforma no IR com uma "escadinha" de isenções e contribuições a depender de quanto ganha o contribuinte.

— Corrigir a tabela iria custar mais de R$ 100 bilhões, a gente não tem condições nesse momento de fazer isso. Ao fazer dessa forma, a gente diminuiu a conta significativamente para algo em torno de R$ 25 bilhões que a gente consegue compensar com o imposto mínimo — disse Marcos Pinto durante audiência pública na comissão especial do Congresso Nacional da reforma do Imposto de Renda.

O texto enviado pelo governo ao Congresso prevê ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil e dar descontos no pagamento de quem ganha até R$ 7 mil. Nas contas do governo, isso vai custar R$ 25,84 bilhões no primeiro ano e R$ 27,7 bilhões em 2027.

Por outro lado, segundo o governo, as medidas de compensação vão somar R$ 34,12 bilhões — sendo R$ 25,22 bilhões da criação do imposto mínimo para rendas superiores a R$ 600 mil por ano e R$ 8,9 bilhões da tributação de dividendos remetidos ao exterior. É uma sobra, portanto, na casa de R$ 8 bilhões no ano que vem.

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