Tupperware se prepara para pedir falência; ações caem mais de 50%
Marca de produtos para o lar tentou, por anos, reativar o negócio em meio à queda na demanda
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A Tupperware, marca icônica de vasilhas e potes para a cozinha, está se preparando para pedir falência ainda esta semana, segundo fontes a par do assunto.
O pedido deverá vir depois de um esforço de anos para reativar o negócio em meio à queda na demanda. As ações da empresa caíram mais de 50% às 15h53 em Nova York devido à notícia.
A marca de produtos para o lar, que há grande parte do século define o armazenamento de alimentos, planeja entrar com proteção judicial após violar os termos de sua dívida e contratar consultores jurídicos e financeiros.
É o que dizem pessoas por dentro do tema, que pediram anonimato para discutir informações confidenciais.
US$ 700 milhões em dívida
Os preparativos para a falência seguem negociações prolongadas entre a Tupperware e seus credores sobre como administrar mais de US$ 700 milhões em dívidas.
Os credores concordaram este ano em dar a ela algum espaço de manobra nos termos do empréstimo violados, mas a empresa continuou a se deteriorar.
A Tupperware há anos alerta sobre dúvidas sobre sua capacidade de permanecer no mercado. Em junho, ela fez planos para fechar sua única fábrica nos EUA e demitir quase 150 funcionários.
No ano passado, substituiu o CEO Miguel Fernandez e vários membros do conselho como parte de um esforço para dar a volta por cima no negócio, nomeando Laurie Ann Goldman como a nova CEO.
A Tupperware apresentou seus produtos plásticos ao público em 1946, depois que o fundador Earl Tupper inventou seu selo hermético flexível. A marca explodiu nos lares americanos, em grande parte, por meio de festas de vendas promovidas por mulheres suburbanas.
A empresa continuou, ao longo de seus quase 80 anos de operação, a depender amplamente de vendas diretas por um exército de vendedores amadores, contando em registros regulatórios com mais de 300 mil vendedores independentes em 2022.