Zuckerberg anuncia que Meta vai desenvolver "superinteligência pessoal" para todos os usuários
Em vídeo nas redes sociais, CEO da dona do Instagram e do WhatsApp afirma que nova geração de IA será focada em ajudar indivíduos a atingirem metas pessoais
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou nesta quarta-feira que a empresa passará a concentrar seus esforços no desenvolvimento de uma "superinteligência pessoal" voltada para cada indivíduo. A proposta, segundo o executivo, é usar a inteligência artificial (IA) para ampliar as possibilidades criativas e de lazer dos usuários, em vez de focar apenas na automação do trabalho.
A nova diretriz foi apresentada por Zuckerberg em um vídeo publicado no Facebook e no Instagram: plataformas que fazem parte do ecossistema da Meta. No pronunciamento, ele afirmou que a evolução da IA tem se acelerado nos últimos meses, com indícios de que os sistemas já são capazes de se aprimorar sozinhos.
Para ele, o desenvolvimento de uma superinteligência já está no horizonte. O CEO da Meta, empresa que é dona também do WhatsApp, sinaliza que o foco da empresa será usar a nova tecnologia para lazer e bem-estar, mas não dá detalhes do que isso significa e que tipo de ferramentas serão criadas.
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— Há uma grande questão em aberto sobre para onde devemos direcionar essa superinteligência — declarou. — Muito já se escreveu sobre os avanços científicos e econômicos que a IA pode trazer, e estou realmente otimista quanto a isso. Mas acredito que um impacto ainda mais significativo virá do fato de cada pessoa poder contar com uma superinteligência pessoal para atingir seus objetivos, criar o que deseja no mundo, ser um amigo melhor e se tornar quem aspira ser.
Zuckerberg também destacou que a proposta da Meta difere da de outras empresas do setor, que buscam usar a IA para automatizar funções produtivas. A intenção, segundo ele, é colocar esse poder nas mãos das pessoas, para que possam moldá-lo de acordo com seus próprios valores e necessidades.
— Parte disso estará ligada à produtividade, mas muito também terá um caráter mais pessoal. De certa forma, estamos entrando em uma nova era, mas, em outras, isso é apenas a continuação de tendências históricas — afirmou.
O executivo ainda projetou mudanças nos dispositivos que usamos no dia a dia. Segundo ele, se as tendências se mantiverem, haverá menos tempo dedicado a softwares de produtividade e mais foco em criação e conexão entre pessoas. Nesse cenário, equipamentos como óculos inteligentes com IA devem se tornar os “principais dispositivos de computação”.
— Acredito profundamente na construção de uma superinteligência pessoal para todos. Na Meta, temos os recursos para criar a infraestrutura necessária e capacidade de levar novas tecnologias a bilhões de pessoas. Estou empolgado com esse futuro, e ainda temos muito mais por vir em breve — concluiu.

