Quando o Leão rugiu mais alto: a noite mágica do Sport contra o São Paulo, em 2000
Há 25 anos, a Ilha do Retiro viveu uma das partidas mais emocionantes da história rubro-negra, com direito a viradas, confusão e gol salvador nos acréscimos, decretando o triunfo por 4x3
No ano 2000, o Sport já vivia uma temporada de ouro: pentacampeão estadual, campeão da Copa do Nordeste e embalado para a Copa João Havelange. Mas foi em uma noite de novembro, na Ilha do Retiro, que o time protagonizou um dos jogos mais marcantes para a sua torcida: a vitória por 4×3 diante do São Paulo, decidida no último minuto.
O jogo
Forte, competitivo e com elenco experiente, o Sport terminou a primeira fase da competição na vice-liderança, com 42 pontos, atrás apenas do poderoso Cruzeiro, comandado pelo técnico Felipão.
A Ilha do Retiro estava lotada. O Sport precisava vencer para seguir vivo, e não demorou para a festa começar. Logo no primeiro minuto, Nildo balançou as redes e incendiou a torcida. Mas o jogo teria emoção de sobra. No fim do primeiro tempo, Marcelo Ramos empatou para o São Paulo e deixou o clima tenso.
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O segundo tempo foi de pura adrenalina; com empurra-empurra, discussões e expulsões. Taílson recolocou o Leão na frente, matando no peito e finalizando para as redes. Dois minutos depois, Rogério Pinheiro igualou de novo. O Sport não se abalou, e Adriano, em cobrança de falta perfeita, mandou no ângulo de Rogério Ceni, devolvendo a vantagem.
Mas a noite ainda reservava drama. Aos 41 minutos, pênalti para o São Paulo. Marcelo Ramos bateu com precisão e fez 3×3. Ainda assim, a torcida acreditou. Cantou, empurrou e não deixou o time sentir o golpe.
E então, no último minuto, veio o grito final. Nildo arriscou de longe, rasteiro, no canto direito. Gol. Explosão na Ilha. O apito final confirmou: Sport 4×3 São Paulo. Uma vitória suada, sofrida e inesquecível.
Escalações:
Sport: Bosco, Russo, Sandro Blum, Erlon e Dutra; Leomar, Sidney, Nildo e Adriano (Sandro Gaúcho); Leonardo e Taílson. Técnico: Emerson Leão.
São Paulo: Rogério Ceni, Beletti, Rogério Pinheiro, Ayala e Gustavo Nery; Alexandre, Maldonado (Jean), Fábio Simplício e Beto (Ilan); França (Júlio Baptista) e Marcelo Ramos. Técnico: Levir Culpi.
Gols: Nildo, 1 minuto, Marcelo Ramos, aos 45 do primeiro tempo; Taílson, aos 2, Rogério Pinheiro, aos 4, Adriano, aos 35, Marcelo Ramos, aos 41, e Nildo, aos 45 minutos do segundo tempo.

