Bologna supera Milan e conquista a Copa da Itália após 51 anos em campanha perfeita
Equipe rossoblu ganhou todos os jogos ao longo da competição
Deu Bologna na Copa da Itália. Sem ganhar um título importante desde 1974, quando celebrou o bicampeonato, a centenária equipe ergueu pela terceira vez o troféu da competição com vitória por 1 a 0 sobre o Milan no Estádio Olímpico de Roma, nesta quarta-feira. Após 50 temporadas de seca, enfim o grito de "é campeão" foi solto pela torcida rossoblu em campanha perfeita.
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— Bologna FC 1909 (@Bolognafc1909) May 14, 2025
O herói da conquista foi o centroavante suíço Ndoye, autor do gol solitário de uma vibrante e emocionante final. Méritos, também, ao goleiro Skorupski, dono de grandes defesas na primeira etapa, e do conjunto de Vincenzo Italiano, que soube administrar a bola, segurou o ímpeto dos favoritos e festejou com méritos.
A campanha do Bologna na Copa da Itália - também disputou a Liga dos Campeões - foi impecável, passando por Monza nas oitavas com 4 a 0, pela Atalanta nas quartas, com 1 a 0 fora de casa, além do Empoli em dois duelos nas semifinais, nos quais fez 3 a 0 como visitante e 2 a 1 na volta. Fechou a campanha com 100% de aproveitamento ao bater o pentacampeão Milan.
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Milan e Bologna entraram no gramado do Estádio Olímpico de Roma com linda e entusiasmada festa de seus torcedores. De um lado, bandeiras vermelhas e azuis e um lindo mosaico, além de faixa com frase de incentivo. Do outro, enorme cantoria nas cores vermelha e preta e com torcedores com camisas personalizadas. Disputando o WTA 1000 de Roma, o tenista Jannik Sinner, líder do ranking, era torcedor ilustre.
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Mandante da decisão, o Milan entrou com seu uniforme tradicional, enquanto o Bologna veio todo de branco para quebrar um tabu de 51 anos sem o título da Copa da Itália. Seria a terceira taça, enquanto os adversários miravam a sexta conquista
A partida começou com as equipes "com fome" e partindo ao ataque Rafael Leão assustou de um lado e Maignan teve de sair ousado nos pés de Orsolini para evitar o pior. Trabalharia bem antes dos 10 minutos em início mais ousado do Bologna. O Milan respondeu obrigando Skorupski a fazer dois milagres em finalizações à queima roupa de Jovic em um único lance.
Diferentemente de jogos que costumam ser arrastados e mais defensivos do Campeonato Italiano, a final era agitada, repleta de emoções e digna de uma disputa por troféu. A elétrica disputa de rivais corajosos, porém, terminou sem gols sua etapa inicial
Com o arisco Rafael Leão, o Milan mais uma vez foi quem chegou primeiro após o intervalo. O grito de gol, porém, foi solto pelo não menos atrevido Bologna, aos oito minutos. Orsolini sairia cara a cara, mas permitiu o corte da defesa. A bola caiu nos pés de Ndoye. O centroavante ajeitou e mandou às redes para linda festa de seus torcedores, posicionados atrás do gol oposto.
Time da "virada", mais uma vez o Milan saiu em desvantagem em temporada de muitos gols sofridos seguida de demonstração de força e equilíbrio emocional para reverter desvantagens. Tinha pela frente, contudo, um oponente forte na administração da posse de bola.
Sérgio Conceição apostou em reforçar o ataque com João Félix e Santiago Giménez. A resposta de Vincenzo Italiano foi aumentar o poder defensivo com o marcador Casale na vaga de Orsolini. Restando 20 minutos, o Bologna demonstrava confiança em segurar a vantagem mínima.
A muralha do Bologna deu muito resultado, com o Milan tentando de todas as formas criar uma jogada que resultasse no empate, sem sequer ameaçar o gol de Skorupski. Foram seis longos seis minutos de acréscimos aos "visitantes", que fizeram gigante festa com o apito final.

