Cobrada por atitudes contra o racismo, Conmebol reúne jogadores em campanha; veja vídeo
Clubes brasileiros da Libra, tirando o Flamengo, haviam assinado uma nota em repúdio às falas do presidente da entidade Alejandro Domínguez
Em meio à tensão pela falta de atitudes contra o racismo, a Conmebol publicou um vídeo nesta terça-feira, dia de início da Libertadores e Sul-Americana, em que reúne jogadores de diversos clubes do continente para comentar sobre a discriminação.
Leia também
• Premier League adota tecnologia do impedimento semiautomático
• Órgão dirigente defende juízes espanhóis que anularam a condenação de Daniel Alves
• CBF pede punição ao Internacional por caso de racismo contra o Sport
Os brasileiros presentes na produção são Enner Valência (Internacional); Marlon Freitas (Botafogo); Weverton (Palmeiras); e Breno Lopes e Tinga (Fortaleza).
O vídeo inicia com os que atuam no Brasil falando e apenas depois os atletas das demais equipes da América do Sul se pronunciam, como Lanzini (River Plate-ARG), Gatito Fernández (Cerro Porteño) e Leo Fernández (Peñarol-URU).
Veja o vídeo:
El fútbol une, no divide.
— CONMEBOL.com (@CONMEBOL) April 1, 2025
Juntos, construyamos un fútbol sin racismo, violencia y discriminación.
¡Súmate a esta lucha!
O futebol une, não divide.
Juntos, vamos construir um futebol livre de racismo, violência e discriminação.
Junte-se à luta! pic.twitter.com/apLhXDnvVE
Tensão entre brasileiros e a Conmebol
Durante o sorteio dos grupos da Libertadores e da Sul-Americana, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, fez uma infeliz analogia envolvendo um macaco ao responder se imaginava como seria uma Libertadores sem a participação dos clubes brasileiros - o boicote havia sido sugerido pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira.
— Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível — disse o dirigente, referindo-se à personagem icônica de filmes e série de TV, animal de estimação do herói das selvas e de Jane, sua companheira.
Leila sugeriu que as equipes brasileiras abandonassem as competições da Conmebol depois do caso de racismo sofrido pelos atletas Figueiredo e Luighi, ofendidos por torcedores do Cerro Porteño durante jogo da Libertadores Sub-20, no último dia 6.
Seria uma resposta à punição aplicada pela entidade ao clube paraguaio, considerada extremamente branda pelo Palmeiras.
A Conmebol puniu o Cerro Porteño com jogos de portões fechados durante a Libertadores Sub-20 deste ano e com uma multa no valor de US$ 50 mil (cerca de R$ 290 mil, na cotação atual).

