Confederação de Basquete segue suspensa pela Fiba
Federação Internacional estabeleceu 21 de junho como prazo para nova reunião sobre a situação do País
Suspensa pela Federação Internacional de Basquete (Fiba) em novembro do ano passado por causa de deficiências em sua gestão, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) teve a punição mantida após congresso realizado em Hong Kong. O anúncio da decisão aconteceu nesta quarta-feira (03), em nota oficial publicada no site da Fiba.
Sob novo comando, agora gerida por Guy Peixoto, a CBB tenta se recuperar de uma gestão complicada sob a batuta de Carlos Nunes. O legado deixado por ele é o pior possível. Na semana passada, a Fiba fez inspeções na CBB e, na nota divulgada, reconheceu os esforços da nova gestão, mas optou por manter a suspensão, ao menos, até o dia 21 de junho, prazo estabelecido para a CBB atualizar as medidas visando obter mudanças concretas para reverter a crítica situação da entidade. A sanção mantém o Brasil fora de qualquer evento internacional até o final de julho, tendo a Fiba Américas que indicar seleções para substituir o País nesses compromissos. A meta da CBB é conseguir reverter a pena na reunião do dia 21 de junho para, assim, poder participar da Copa América, que tem início marcado para o dia 25 de agosto.
Todos os motivos apontados pela Fiba para justificar a suspensão do Brasil estão diretamente ligados à falta de profissionalismo e ética da gestão anterior da CBB, comandada por Carlos Nunes. Afundada em dívidas milionárias, a entidade foi notificada pela ausência de equipes nacionais em torneios internacionais, a exemplo do Mundial de 3x3 e do Sul-Americano sub-15, fora a falta de medidas voltadas para a capacitação profissional e a ingerência da modalidade como um todo.
O basquete brasileiro vinha dando sinais de colapso há algumas temporadas, mas a gota d’água veio em 2014, quando a seleção masculina teve de pagar por um convite para jogar o Mundial. Sem quitar o débito com a Fiba, correu o risco de ficar fora de competições importantes, como os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A situação descortinou os problemas internos da CBB, que foi ladeira abaixo nos anos seguintes, incluindo campanhas pífias na Olimpíada dentro de casa.

