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Eleição no Náutico: os desafios que os candidatos terão para o biênio 2026-2027

Pleito será realizado no dia 30 de novembro, nos Aflitos, com votação das 8h às 17h

Estádio dos AflitosEstádio dos Aflitos - Foto: Gabriel França/CNC

O vencedor da eleição presidencial do Náutico, marcada para o dia 30 de novembro, das 8h às 17h, nos Aflitos, vai encarar uma série de desafios para o futuro. A disputa, com o bate-chapa entre Bruno Becker, atual mandatário e nome da situação, e Pablo Vitório, da oposição, deve concentrar o debate  em dois temas centrais: o planejamento para o futebol e as discussões envolvendo a possibilidade de o Timbu se tornar uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF).

 

Futebol

A montagem do futebol para 2026 já começou no Náutico bem antes da definição do novo presidente. Alguns atletas da temporada 2025, como o goleiro Wellerson, o volante Igor Pereira, o meia Patrick Allan e o atacante Kelvin não continuarão no grupo. Além disso, Thalissinho e Kauan Maranhão, peças da base, foram emprestados. 

Sobre o técnico Hélio dos Anjos, o profissional deixou claro que a permanência dele no cargo passa pela manutenção de Becker como presidente. Uma vitória de Pablo poderia ocasionar a troca da comissão técnica e, consequentemente, uma nova formação no departamento de futebol. O executivo da pasta, na gestão atual, é Edgard Montemor.

Outro ponto que deve voltar ao debate envolve a participação do Náutico em um dos dois blocos de clubes que comercializam os direitos de transmissão: Liga Forte União (LFU) ou Liga do Futebol Brasileiro (Libra). 

Há dois anos, o Náutico decidiu não assinar com a Liga Forte Futebol após receber a proposta de venda de 20% dos seus direitos de TV por R$ 10 milhões. Agora, na Série B, o Timbu pode discutir um contrato com cifras maiores. Paralelamente, o clube negocia a troca de fornecedor de material esportivo. A Diadora, empresa que produz atualmente os uniformes alvirrubros, não continuará no ano que vem.

SAF

Em abril deste ano, o Náutico deu por encerrada as tratativas com o Consórcio Timbu, grupo de investidores que pretendia adquirir 90% das ações alvirrubras. A ideia da SAF era investir R$ 1 bilhão em 10 anos. Do montante, seriam R$ 400 milhões no futebol, incluindo base, feminino e futsal, além de R$ 250 milhões para quitar o pagamento de dívidas.

A negociação, porém, esfriou quando conselheiros do clube se colocaram contrários à proposta dos investidores de possuir parte do terreno (47,48 hectares) do Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba, Zona Norte do Recife. No fim, o Consórcio Timbu comunicou que não seguiria com a proposta.

No cargo máximo do Executivo, Becker tinha sinalizado anteriormente que a discussão sobre a SAF voltaria ao foco após o fim da Série C.

“Os grupos interessados abriram conversas sobre a SAF, mas elas arrefeceram um pouco por conta do nosso foco na reta final da Série C. É natural que agora elas sejam retomadas, mas nada ao ponto de já ter uma oferta na mesa. Trocamos informações com os investidores e vamos continuar os diálogos dentro desse novo cenário”, frisou. O assunto também deve ser trabalhado na pauta da campanha de Pablo Vitório.

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