Dom, 07 de Dezembro

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Hélio dos Anjos cita Becker como amigo pessoal e diz que não trabalharia com oposição do Náutico

Treinador evitou falar de futuro no clube, mas destacou que Timbu o fez ter vontade de continuar no futebol por mais alguns anos

Hélio dos Anjos, técnico do NáuticoHélio dos Anjos, técnico do Náutico - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Pela segunda vez na história, Hélio dos Anjos celebrou um acesso pelo Náutico. Depois de colocar o clube na Série A, em 2006, foi a vez de ajudar a subir para a B, neste ano. Histórico positivo que o faz ser uma das prioridades alvirrubras no processo de reformulação para 2026. Procurado pelo Goiás, o treinador não definiu o futuro. Mas uma coisa é certa: a chance de permanecer em Pernambuco passa bastante pela manutenção do atual presidente do Timbu, Bruno Becker, no cargo, às vésperas de uma eleição presidencial no final do ano. Sem espaço para diálogo com a oposição.

 



Convicção

“Com a oposição, que quando passei aqui era a situação, eu não trabalho no Náutico. Pode ter certeza disso. Agradeço tudo que o Náutico fez por mim, sou muito grato, mas com aqueles membros da oposição eu não trabalho”, declarou o treinador. 

A oposição citada por Hélio é do grupo aliado aos ex-presidentes Edno Melo e Diógenes Braga, que comandaram o Náutico nos trabalhos anteriores do treinador, entre os anos de 2020 a 2022. O técnico deixou o Timbu, na passagem passada, sendo demitido por justa causa, chegando a acionar o clube na Justiça.

Hélio, por outro lado, elogiou Becker, citando ser um amigo pessoal e responsável por trazê-lo de volta ao Náutico em 2025. Além disso, destacou que os atuais profissionais do clube o ajudaram a resgatar a vontade de prolongar a trajetória no futebol.

“As pessoas que me acolhem aqui estão sendo fundamentais na minha carreira. Eles me deram a vontade de trabalhar mais três, quatro anos. Eu não vivo de derrotas, eu vivo de vitórias. De uma conquista como essa, em uma instituição rica de amor e carinho”, frisou.

As declarações de Hélio foram corroboradas pelo filho e auxiliar, Guilherme dos Anjos.“As eleições vão ocorrer em dezembro. Muita gente não gosta que a gente fale sobre isso, concordando com um lado ou outro, mas gostamos de nos expor, mostrando o que acreditamos. Sinceramente, não vejo a gente permanecendo no clube sem o presidente Bruno. Sendo muito sincero, nada contra quem vem, mas o grande trabalho que foi feito só foi possível porque a gente teve carta branca, em conjunto com ele”, pontuou.

Marco Antônio

Mesmo com diversos elogios a atletas como Carlinhos, Vitinho, Samuel e Paulo Sérgio, Hélio não escondeu a frustração com um dos nomes do elenco: Marco Antônio. O jogador deixou o Náutico antes do encerramento do quadrangular após acertar um pré-contrato com o CRB. 

“Nós tivemos problemas no quadrangular. Alguns jogadores caíram de produção. Naturalmente, a questão Marco Antônio pegou num momento difícil e eu não aceitei, eu não engoli, mas dei oportunidade. Eu estava comandando o grupo, eu tentei, mas não foi possível. Comecei a ver lances, comportamentos, que a cabeça não estava ligada. Eu tomei a decisão (da saída). Muitas vezes, no próprio clube, achavam que poderia ser de outra forma, mas eu estava pensando no Náutico. E não se faz isso com clube de futebol que te deu a oportunidade”, finalizou.

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