Sáb, 06 de Dezembro

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Futebol

Palmeiras e Bahia: inspirações do Náutico no modelo de gestão técnica integrada

Clubes também utilizam modelo que dá mais força fora das quatro linhas aos treinadores de futebol

Abel Ferreira, técnico do PalmeirasAbel Ferreira, técnico do Palmeiras - Foto: Cesar Greco / Palmeiras

Ao anunciar a adoção do Modelo de Gestão Técnica Integrada, com o comando técnico, formado por Hélio dos Anjos (treinador) e Guilherme dos Anjos (auxiliar), assumindo papel mais amplo na orientação esportiva, o Náutico citou que o modelo será parecido com o que ocorre no Bahia, com Rogério Ceni, e Palmeiras, com Abel Ferreira, comandantes que também possuem participação mais ativa em outras áreas dos respectivos clubes. Mas como funciona na prática?

 

Exemplos

No Palmeiras, a gestão integrada ganhou corpo a partir da chegada de Abel Ferreira, em 2020. O treinador e a comissão técnica se envolvem diretamente em áreas como análise de desempenho, preparação física, psicologia e integração com as categorias de base. 

A diretoria alviverde também deu autonomia para que Abel participe do planejamento esportivo, opine em contratações e ajude a definir o perfil de atletas para cada função. As decisões estratégicas passam por uma construção conjunta entre departamento de futebol e comissão técnica, com o intuito de construir uma identidade e uma linha de trabalho uniforme em todas as etapas.

No Bahia, a estrutura integrada é potencializada pela gestão da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Grupo City. Rogério Ceni trabalha cercado por departamentos especializados (ciência de dados, performance e captação) que atuam de forma interligada. Cabe ao treinador observar os relatórios produzidos pelas áreas e definir a linha de trabalho. 

Recentemente, o Bahia anunciou a renovação do contrato do treinador Rogério Ceni até 2027. O clube também apresentou o projeto de um novo Centro de Treinamento, com investimento que alcança R$ 300 milhões. Melhorias na estrutura do Tricolor de Aço também são uma forma de conceder ao profissional a chance de desenvolver o trabalho com mais ferramentas que vão além do que acontece dentro das quatro linhas. 

Técnico pentacampeão mundial, Luiz Filipe Scolari, o Felipão, também já assumiu funções integradas em clubes que passou, como Grêmio, Palmeiras, Athletico e Atlético-MG. 

Objetivos

Em nota, o Náutico disse que o objetivo da Gestão Técnica Integrada é “reduzir ruídos, qualificar processos, acelerar a tomada de decisão e garantir coerência entre planejamento técnico e execução diária”. 

A gestão administrativa, financeira e institucional continua sob responsabilidade da presidência e da gestão operacional. O Náutico também criou a vaga de diretor geral executivo, que será ocupada por Luciano Leonídio, que já atuou como superintendente de projetos do Timbu entre 2017 e 2018. 

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