Logo Folha de Pernambuco

Refeno

Conheça a história de Gabriel De Capitani, do Sailing Touché, que disputará a Refeno 2024

Mais do que um meio de "ganhar a vida", comandante vê o mar como meio de "viver a vida"

Gabriel De Capitani e Carolina Olo, do Sailing TouchéGabriel De Capitani e Carolina Olo, do Sailing Touché - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Gabriel De Capitani, de 31 anos, escolheu viver sempre de saída. Sem destino fixo e residência em terra. Fez do sonho de muitos sua realidade. Descobriu a vela aos 11 anos e vive em uma embarcação há sete. É apaixonado pelo mar. Fez quem se apaixonou por ele sentir o mesmo. E faz dessa paixão mais do que um meio de “ganhar a vida”: é o meio de viver a vida.

O comandante do veleiro Touché será um dos participantes da 35ª edição da Regata Internacional Recife Fernando de Noronha (Refeno), que acontece no sábado, no Marco Zero, Bairro do Recife. Ao lado dele, estarão mais sete tripulantes, com seis vagas que foram vendidas para pessoas que compartilham do mesmo desejo de aventura marítima, além de uma companhia especial que faz do “dividir o mesmo barco” mais do que uma figura de linguagem.

A paixão

“Eu era advogada em São Paulo. Nos conhecemos em uma festa beneficente, nos apaixonamos e Gabriel me apresentou essa oportunidade incrível de morar no mar. Difícil explicar em palavras essa paixão”, disse Carolina Olo, 28, namorada de Gabriel há um ano e que, há três meses, vive com ele na embarcação.

"Eu sabia que não ia morar em São Paulo. Nunca soube viver em terra. Mas não sei quem é mais louco: eu que decidi viver no mar ou ela que largou tudo para ficar comigo", brincou. Com a parceira de vida (e de trabalho), os dois estarão a cargo de um Bruce Farr 44, de 1989, com espaço para duas suítes e quatro beliches. O barco disputa a Refeno na categoria Bico-de-proa B.

Gabriel De Capitani e Carolina Olo, do Sailing TouchéGabriel De Capitani e Carolina Olo, do Sailing Touché

Sem volta

A admiração de Gabriel pelo mar é antiga. "Eu surfava e quando abriu uma escolinha de vela em São Sebastião (distante 56 quilômetros), vi a oportunidade de aprender a velejar. Fui o único em uma turma de 20 pessoas a passar. Meu pai tinha o sonho de velejar também e me ajudou, dos 11 aos 16 anos, a reformar uma embarcação de 28 pés. Ainda cheguei a tentar fisioterapia, fiz cursinho para medicina, estudei dois anos de nutrição, mas percebi que o que eu queria mesmo era morar no mar", contou ele, natural de Ilha Bela, no litoral norte de São Paulo, com a experiência de já ter velejado em lugares como Antártida, Malvinas e Ushuaia (Argentina).

A esse ponto da história, já está claro que Gabriel não costuma guardar a paixão pelo mar apenas para si. O velejador tem uma página no Instagram (@sailingtouche) e um canal no YouTube (youtube.com/sailingtouche), mostrando um pouco da rotina de quem tem as águas como paisagem diária.

“As redes sociais estão um pouco na contramão de quem vive no mar. Você quer sair dessa ‘loucura’, mas ao mesmo tempo é o que traz pessoas para essa vida, divulgando o que fazemos”, explicou.

Como toda competição, o comandante, em sua quinta Refeno, quer chegar em uma boa colocação. Mas para um apaixonado pela vela, o prêmio já estará, independente da posição, aguardando por ele na chegada.

"Velejar é uma das coisas mais incríveis de se fazer. Traz um sentimento de conquista da época das antigas navegações. Tira você da zona de conforto e dá uma sensação de pertencimento ao ambiente. Você até pode se sentir vulnerável, mas isso fará você valorizar ainda mais as coisas. Faz você se sentir vivo. É uma experiência linda", completou.

Veja também

Gabigol brilha, Flamengo bate Atlético-MG e abre boa vantagem na final da Copa do Brasil
Copa do Brasil

Gabigol brilha, Flamengo bate Atlético-MG e abre boa vantagem na final da Copa do Brasil

Verstappen reclama de asfalto e diz que viveu 'montanha-russa' neste domingo em SP
Fórmula 1

Verstappen reclama de asfalto e diz que viveu 'montanha-russa' neste domingo em SP

Newsletter