Assessor de Trump afirma que EUA pode ter participações em outras empresas depois da Intel
Segundo o acordo com a Intel, o governo receberá 433,3 milhões de ações ordinárias, uma participação de 9,9% no capital da empresa
O governo dos Estados Unidos pode adquirir participações em outras empresas depois de tomar essa medida com a Intel, disse nesta segunda-feira (25) Kevin Hassett, principal assessor econômico do presidente americano, Donald Trump.
Hassett, que é diretor do Conselho Econômico Nacional, mencionou os planos de Trump para um fundo soberano em uma entrevista à CNBC.
"Estou certo de que em algum momento haverá mais transações" na indústria de semicondutores ou outras, indicou.
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O assessor respondia a uma pergunta sobre se um acordo anunciado recentemente, no qual o governo dos Estados Unidos terá uma participação acionária de 10% na Intel, foi o início de esforços mais amplos para movimentos similares em outras indústrias que o Executivo tem financiado.
Segundo o acordo com a Intel, o governo receberá 433,3 milhões de ações ordinárias, uma participação de 9,9% no capital da empresa, disse a empresa em comunicado anterior.
Isso equivale a 8,9 bilhões de dólares (48 bilhões de reais), financiados parcialmente por 5,7 bilhões (31 bilhões de reais) em subsídios concedidos -mas ainda não pagos- sob a Lei de CHIPS, aprovada durante o mandato de Joe Biden, que Trump criticou.
Hassett disse nesta segunda-feira que "no passado, o governo federal esteve distribuindo dinheiro" para as empresas.
Ele afirmou que, com base em acordos como o alcançado com a Intel, as ações do governo "não têm direitos de voto".
Isso implica que o governo dos Estados Unidos planeja manter-se à margem de como as empresas são administradas.
Em fevereiro, pouco depois de Trump retornar à presidência, a Casa Branca publicou um plano para que a maior economia do mundo estabelecesse um fundo soberano.
Um fundo soberano de investimentos estatais administra as reservas excedentes de um país, normalmente derivadas de receitas de recursos naturais ou de balança comercial, para gerar retornos de longo prazo.

