Ataque contra caravana de presidente do Equador foi "tentativa de assassinato", diz ministro
Vídeos divulgados pela imprensa local mostram um grupo de manifestantes que lançam pedras e paus enquanto a caravana avança em meio ao som de sirenes
O ataque contra a caravana do presidente do Equador, Daniel Noboa, durante protestos de comunidades indígenas na terça-feira foi uma tentativa de assassinato, afirmou nesta quarta-feira (8) o ministro da Defesa, Gian Carlo Loffredo.
"O nível de agressão com o qual a caravana foi atacada denota que isso foi uma clara tentativa de assassinato e um ato de terrorismo contra o primeiro mandatário", declarou o funcionário ao canal Teleamazonas.
Na terça-feira, em uma localidade andina no sul do Equador, cerca de "500 pessoas" lançaram pedras e paus contra a caravana na qual viajava Noboa, que saiu ileso, segundo a ministra do Meio Ambiente e Energia, Inés Manzano.
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"Há sinais de bala no carro do presidente", disse a funcionária nesse dia, embora a informação ainda não tenha sido confirmada pelos investigadores.
Vídeos divulgados pela presidência mostram a cena do interior de um dos veículos, quando vários objetos atingem os vidros e alguém grita "abaixem a cabeça".
Outros vídeos divulgados pela imprensa local mostram um grupo de manifestantes, alguns deles indígenas com trajes tradicionais, que lançam pedras e paus enquanto a caravana avança em meio ao som de sirenes em direção à localidade andina de Cañar (sul).
Loffredo destacou que Noboa "estava indo fazer o que sempre faz, entregar obras no território, chegar presencialmente aos territórios mais necessitados".
"Esses agressores querem exatamente o contrário, causar caos e destruição", indicou o ministro. "Nada o detém [o presidente], nem mesmo o risco à sua própria vida", acrescentou.
Desde 22 de setembro, o governo mobilizou militares para enfrentar os protestos liderados pela maior organização de povos originários do país (Conaie) em diversas províncias, em rejeição ao fim do subsídio ao diesel, cujo preço subiu de 1,80 (R$ 9,60) para 2,80 dólares (R$ 14,94) por galão.
Os indígenas bloqueiam estradas e protestam, considerando que a medida aumenta o custo de vida nas áreas agrícolas.

