Dom, 07 de Dezembro

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Cercas, drones, câmeras: Canadá adota protocolo para proteger líderes do G7 de ataques de ursos

Circulação de animais pela região remota em que ocorrem as reuniões preocupa organizadores, que atuam para evitar 'encontros próximos' com a vida selvagem

Líderes do G7 se reúnem em região remota do Canadá Líderes do G7 se reúnem em região remota do Canadá  - Foto: Geoff Robins / AFP

Cercas elétricas, drones, câmeras térmicas e cães policiais foram utilizados na cúpula do G7 nas Montanhas Rochosas canadenses para proteger líderes mundiais de ursos famintos. Se o presidente americano, Donald Trump, decidiu voltar a Washington em meio à escalada de tensões entre Israel e Irã, outros chefes de Estado, como a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o presidente francês, Emmanuel Macron, permanecem reunidos no remoto alojamento para as reuniões — se tudo correr conforme o planejado, sem serem interrompidos por ataques de animais da região.

— Embora os ursos pardos sejam uma das principais preocupações, a equipe está preparada para lidar com todas as espécies selvagens — disse Sheena Campbell, porta-voz do Ministério da Segurança Pública de Alberta.

 

As equipes de segurança ergueram "barreiras de cerca ao redor de locais onde há atrativos (comida), incluindo o uso de cercas elétricas para ursos", segundo Sheena. Ela disse que as cercas tinham no mínimo 2,4 metros de altura para garantir a segurança dos visitantes, como parte de uma operação multifacetada para evitar "encontros próximos" com a vida selvagem.

Também estão sendo usados na barreira contra animais câmeras termográficas, drones da famosa força policial canadense "Mounties" e cães K-9 especialmente treinados para caçar ursos.

Os drones "monitorarão a atividade da vida selvagem em tempo real", disse Sheena Campbell, acrescentando que, somente na última semana, a equipe registrou a atividade de ursos-cinzentos, ursos-negros, pumas, alces, carneiros-selvagens e veados.

Autoridades canadenses e organizadores da cúpula se recusaram a discutir mais detalhes da operação por motivos de segurança.

O jornal Globe and Mail noticiou que um alerta de urso emitido em maio ainda estava em vigor para o Campo de Golfe Kananaskis Country — onde os líderes se reuniram para fotos em grupo.

O jornal acrescentou que cerca de 65 ursos-cinzentos vivem em Kananaskis. Algumas áreas foram fechadas nas últimas semanas após relatos de ataques agressivos de uma mãe com dois filhotes.

O Parks Canada recomenda que, se um urso estiver protegendo seus filhotes e o vir como uma ameaça, a pessoa se deite no chão e se finja de morto.

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