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Chanceler da RDC denuncia inação internacional frente a ofensiva rebelde

No início do dia, o movimento rebelde M23, apoiado por Ruanda, lançou uma nova ofensiva na cidade de Goma

 Um homem carrega uma cruz durante um cortejo fúnebre em direção ao Cemitério do ITIG em Goma em 4 de fevereiro de 2025, onde novas sepulturas foram cavadas para acomodar as vítimas da violência recente Um homem carrega uma cruz durante um cortejo fúnebre em direção ao Cemitério do ITIG em Goma em 4 de fevereiro de 2025, onde novas sepulturas foram cavadas para acomodar as vítimas da violência recente - Foto: Michel Lunanga / AFP

A ministra das Relações Exteriores da República Democrática do Congo (RDC), Therese Kayikwamba Wagner, denunciou, nesta quarta-feira (5), em Bruxelas, a falta de reação da comunidade internacional à ofensiva rebelde no leste de seu país.

“Vemos muitas declarações, mas não vemos nenhuma ação”, disse Wagner após uma reunião com seu homólogo belga, Maxime Prevot.

No início do dia, o movimento rebelde M23, apoiado por Ruanda, lançou uma nova ofensiva na cidade de Goma, no leste do país, apesar do anúncio de um cessar-fogo apenas um dia antes.

“Essa crise é uma ameaça à paz e à segurança internacionais, já que mais de 4.000 soldados ruandeses reivindicam o direito de ocupar ilegalmente um território soberano”, disse o diplomata.

“Este é um conflito internacional”, reforçou.

O leste da RDC é uma região rica em recursos naturais, como ouro, tântalo e estanho, que são usados para baterias e aparelhos eletrônicos.

O governo acusa a vizinha Ruanda de querer saquear esses recursos.

Ruanda, por outro lado, diz que busca erradicar os grupos armados da região, principalmente aqueles que foram criados por ex-oficiais hutus após o genocídio tutsi de 1994 naquele país.

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