Chuvas deixaram quase 200 mortos em 24 horas no Paquistão
A maioria dos óbitos ocorreram na província montanhosa de Khyber Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão
As chuvas torrenciais que atingem o norte do Paquistão causaram pelo menos 194 mortos em 24 horas, segundo o último balanço anunciado nesta sexta-feira (15) pelas autoridades, o que eleva a mais de 500 o número de mortos desde o início da monção no final de junho.
Foram registradas pelo menos 180 mortes na única província montanhosa de Khyber-Pakhtunkhwa, fronteiriça com o Afeganistão, indicou a Autoridade Provincial de Gestão de Desastres.
Outras nove pessoas morreram na Caxemira paquistanesa, enquanto cinco pessoas morreram na região de Gilgit-Baltistan.
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Paquistão, o quinto país mais populoso do mundo, é um dos mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática.
Nos últimos anos, seus 255 milhões de habitantes sofreram grandes inundações, cheias de lagos glaciares e secas, fenômenos que, segundo os cientistas, se multiplicarão sob a influência da mudança climática.
Nesta área, "no distrito de Bajaur, chuvas torrenciais destruíram várias casas, onde mais de 20 pessoas ficaram presas", acrescentou a porta-voz.
"No distrito de Lower Dir, o desabamento de casas provocou 15 mortes (...) e em Mansehra, um veículo caiu em um barranco, matando duas pessoas", acrescentaram as fontes. Outras sete pessoas morreram na Caxemira.
O país registrou mais de 350 mortes - metade delas crianças - desde o início das chuvas de monções de verão (hemisfério norte), no final de junho.
A temporada de monções, que começou mais cedo do que em anos anteriores, foi classificada como "incomum" pelas autoridades.
A monção, que fornece entre 70% e 80% das chuvas anuais no sul da Ásia entre junho e setembro, é vital para a subsistência de milhões de agricultores na região.

