Seg, 22 de Dezembro

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MUNDO

Chuvas deixaram quase 200 mortos em 24 horas no Paquistão

A maioria dos óbitos ocorreram na província montanhosa de Khyber Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão

Equipes de resgate e civis buscam desaparecidos na província montanhosa de Khyber Pakhtunkhwa, no PaquistãoEquipes de resgate e civis buscam desaparecidos na província montanhosa de Khyber Pakhtunkhwa, no Paquistão - Foto: AFP

As chuvas torrenciais que atingem o norte do Paquistão causaram pelo menos 194 mortos em 24 horas, segundo o último balanço anunciado nesta sexta-feira (15) pelas autoridades, o que eleva a mais de 500 o número de mortos desde o início da monção no final de junho.

Foram registradas pelo menos 180 mortes na única província montanhosa de Khyber-Pakhtunkhwa, fronteiriça com o Afeganistão, indicou a Autoridade Provincial de Gestão de Desastres.

Outras nove pessoas morreram na Caxemira paquistanesa, enquanto cinco pessoas morreram na região de Gilgit-Baltistan.

Paquistão, o quinto país mais populoso do mundo, é um dos mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática.

Nos últimos anos, seus 255 milhões de habitantes sofreram grandes inundações, cheias de lagos glaciares e secas, fenômenos que, segundo os cientistas, se multiplicarão sob a influência da mudança climática.

Nesta área, "no distrito de Bajaur, chuvas torrenciais destruíram várias casas, onde mais de 20 pessoas ficaram presas", acrescentou a porta-voz.

"No distrito de Lower Dir, o desabamento de casas provocou 15 mortes (...) e em Mansehra, um veículo caiu em um barranco, matando duas pessoas", acrescentaram as fontes. Outras sete pessoas morreram na Caxemira.

O país registrou mais de 350 mortes - metade delas crianças - desde o início das chuvas de monções de verão (hemisfério norte), no final de junho.

A temporada de monções, que começou mais cedo do que em anos anteriores, foi classificada como "incomum" pelas autoridades.

A monção, que fornece entre 70% e 80% das chuvas anuais no sul da Ásia entre junho e setembro, é vital para a subsistência de milhões de agricultores na região.

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