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Rio de Janeiro

Clima de comoção marca velório de policial morto em megaoperação no Rio

Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, conhecido como Máskara, foi homenageado por colegas e familiares no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador

O policial civil Marcus Vinicius, conhecido entre colegas como Máskara, foi morto na manhã desta terça-feira durante a megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio O policial civil Marcus Vinicius, conhecido entre colegas como Máskara, foi morto na manhã desta terça-feira durante a megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio  - Foto: Redes Sociais/Reprodução

O clima de comoção marcou o velório do policial civil Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, conhecido entre colegas como Máskara, morto durante a megaoperação realizada nesta terça-feira nos complexos da Penha e do Alemão.

Amigos, familiares e companheiros de farda se reuniram na manhã desta quarta-feira, no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, para prestar as últimas homenagens ao agente, que tinha mais de 20 anos de carreira na Polícia Civil.

O sentimento predominante era de tristeza e revolta. Membros da corporação lamentavam a perda de um colega descrito como “muito parceiro e muito amigo”, lembrado por sua alegria e dedicação ao trabalho.

Pouco tempo depois do sepultamento, o chefe da Polícia Civil, Felipe Curi, chegou ao cemitério. Ele conversou brevemente com os familiares de Marcus Vinícius, mas preferiu não falar com a imprensa.

Após alguns minutos no local, Cury deixou o cemitério em silêncio, acompanhado por assessores e colegas de corporação.

— Ele era um cara alegre, brincalhão, querido por todos. Não tinha uma pessoa que não gostasse dele. Está provado aqui, com tanta gente vindo se despedir — disse Marcelo Sobral, que era amigo do policial.

Marcus Vinícius era considerado um profissional apaixonado pela carreira e costumava participar diretamente das operações, mesmo após assumir cargos de chefia.

— Ele amava muito o que fazia. Em hipótese alguma merecia o que aconteceu. Infelizmente, perdi um irmão — afirmou Sobral, emocionado.

O velório contou com a presença de agentes das polícias Civil e Militar, que se reuniram para prestar a última homenagem e demonstrar solidariedade à família. O caixão foi coberto com a bandeira da corporação.

Quando o caixão com o corpo de Marcus chegou ao local do sepultamento, foi recebido sob uma intensa salva de palmas e forte emoção dos familiares.

No momento do enterro, lágrimas e silêncio tomaram conta do ambiente. Os pais de Marcus Vinícius eram os mais emocionados.

No fim da cerimônia, um helicóptero da Polícia Civil sobrevoou o local e lançou flores sobre o caixão. As pétalas brancas caíram e encerraram o sepultamento de forma simbólica, como tributo ao agente.

Máskara foi atingido na cabeça durante um confronto. Foi socorrido e levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu. A morte de Marcus Vinícius ocorreu no contexto da Operação Contenção, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar.

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