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SAÚDE

Congresso Pernambucano de Geriatria e Gerontologia acontece neste final de semana

Nesta edição, a doença de Alzheimer será um dos temas abordados no encontro, que reunirá profissionais da saúde, pesquisadores, estudantes e instituições

Congresso Pernambucano de Geriatria e Gerontologia aontece neste final de semanaCongresso Pernambucano de Geriatria e Gerontologia aontece neste final de semana - Foto: Freepik

Nos próximos dias 8 e 9 de agosto, sexta-feira e sábado, acontece o Congresso Pernambucano de Geriatria e Gerontologia (CPEGG), da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), no Beach Class Convention by MAI, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. 

Nesta edição, a doença de Alzheimer será um dos temas abordados no encontro, que reunirá profissionais da saúde, pesquisadores, estudantes e instituições voltadas ao cuidado da pessoa idosa.

A programação do congresso inclui palestras, mesas-redondas e debates sobre temas de grande relevância, como a doença de Parkinson e fragilidade na velhice; sarcopenia, suplementação e exercício físico; demência; uso de antipsicóticos e estratégias complementares de cuidado; osteoporose e reabilitação de fraturas; saúde mental e impacto da atividade física; vacinas e proteção cardiovascular e cognitiva; direitos da pessoa idosa e atuação institucional e a inteligência artificial, robótica e tecnologias no cuidado geriátrico.

Congresso
As discussões também vão abordar práticas multidisciplinares inovadoras como musicoterapia, terapia da floresta e o papel das terapias não medicamentosas na promoção da saúde e qualidade de vida dos idosos.

“O tema do nosso congresso é ‘Envelhecer no meu país Pernambuco: desafios e oportunidades’. Queremos reconhecer o que já construímos, refletir sobre os obstáculos que ainda enfrentamos e, sobretudo, reunir profissionais de diversas áreas para refletir sobre o tema. Este congresso é, antes de tudo, um ato de compromisso com o envelhecimento digno, ativo e justo no nosso estado", destaca Rodrigo Patriota, presidente da SBGG-PE.

Outras informações, a programação completa e formas de inscrição estão disponíveis no site oficial do evento cpegg.com.br.

Alzheimer
A Doença de Alzheimer é a principal causa de demência no Brasil e no mundo. Neurodegenerativa e progressiva, ela compromete funções cognitivas como memória, atenção, linguagem e planejamento, afetando diretamente a autonomia e a independência da pessoa.

Com início discreto e evolução lenta, o Alzheimer começa, geralmente, com esquecimentos e desorganização no cotidiano, mas aos poucos pode levar à perda da capacidade de realizar até as atividades mais simples, como tomar banho ou se alimentar.

Tratamento
O geriatra Rodrigo Patriota, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Seccional Pernambuco (SBGG-PE), destaca que, até o momento, não existe um tratamento que possa curar o paciente. O tratamento disponível atualmente foca exclusivamente no controle dos sintomas e na tentativa de reduzir a curva de perda da funcionalidade, que é justamente a capacidade de realizar as atividades do dia a dia.

"Quanto mais precoce você consegue diagnosticar, mais cedo é possível iniciar o tratamento e tentar retardar essa perda de funcionalidade. A perda vai acontecer independentemente do tratamento, mas o diagnóstico precoce faz diferença", explica Rodrigo Patriota.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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O tratamento envolve um acompanhamento multidisciplinar. Isso inclui o tratamento medicamentoso, com o uso de drogas que buscam retardar o avanço dos sintomas, e o não medicamentoso, como a terapia ocupacional, que promove estímulo cognitivo, estruturação da rotina e adaptação do ambiente.

“O acompanhamento com uma equipe multidisciplinar é o tratamento padrão-ouro. Ele é indicado para todos os pacientes e realmente consegue modificar a história da doença, especialmente no suporte à família e na percepção de qualidade de vida pelo próprio paciente", diz o médico.

Recursos
Uma das ferramentas mais utilizadas é a estruturação da rotina, com definição de horários fixos para atividades como alimentação, banho e medicação.

“Isso ajuda a reduzir a desorientação e cria automatismos que facilitam o dia a dia do paciente”, afirma a terapeuta ocupacional Genaina Couto, membro da SBGG-PE.

Também são usados recursos visuais, jogos adaptados e atividades personalizadas de acordo com a história de vida da pessoa, sempre com o objetivo de estimular o cérebro de forma significativa e respeitosa. À medida que a doença avança, o trabalho do terapeuta vai se adaptando às novas limitações, sempre buscando preservar o que ainda é possível realizar com autonomia e independência.

“Mesmo quando o paciente depende de cuidados para quase tudo, sempre há algo que ele ainda pode fazer sozinho. E isso faz toda a diferença na autoestima e na dignidade dele”, pontua a terapeuta ocupacional da SBGG-PE.

Com informações da assessoria da SBGG-PE.

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