Demolição do prédio que desabou em Piedade continua nesta segunda-feira (12)
Trabalho ainda não tem prazo oficial para ser concluído, mas Defesa Civil estima término ainda nesta segunda (12)
A demolição da estrutura do edifício Kátia Melo, que desabou na última terça-feira (6) no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, continua nesta segunda-feira (12).
O trabalho teve início na manhã do sábado (10) e está sendo conduzido pelas equipes da Defesa Civil do município.
Segundo o secretário executivo de comunicação e imprensa de Jaboatão dos Guararapes, César Nogueira, por se tratar de um processo técnico e delicado, ainda não foi estipulado um prazo oficial para a conclusão do serviço.
No entanto, o secretário executivo da Defesa Civil, Elton Moura, informou que há expectativa de que os trabalhos sejam finalizados até o fim do dia de hoje.
Intervenção
A responsabilidade inicial pela demolição do restante da estrutura que permaneceu em pé foi atribuída à administradora do Edifício Kátia Melo, após a Defesa Civil enviar um documento orientando a gestão do condomínio sobre o processo necessário de demolição.
Em resposta, os responsáveis afirmaram não ter condições financeiras de arcar com os custos de demolição e remoção.
A partir disso, a Procuradoria do município deu parecer favorável à contratação imediata de uma empresa que agora está responsável pelos serviços.
As despesas poderão ser custeadas pela seguradora ou pelo Governo do Estado.
Leia também
• "Tenho medo que caia e atinja minha casa", diz vizinha do prédio que desabou em Jaboatão
• Administradora do prédio que desabou em Jaboatão fala em "livramento": "Estava no portão no momento"
• Moradoras relatam alívio por terem saído do prédio antes do desabamento, no bairro de Piedade
Medidas
Além da demolição obrigatória do restante da estrutura, que apresentava instabilidades, a Defesa Civil solicitou outras três medidas adicionais.
Apenas uma das medidas foi executada de imediato: a retirada dos portões de proteção da área externa do prédio.
Também foram solicitadas a elaboração de um laudo técnico de avaliação de risco do imóvel e a contratação de uma empresa de segurança patrimonial para proteger a área.
No entanto, segundo a Defesa Civil, esta última medida ainda não foi cumprida pela administração do condomínio.
As três providências foram acordadas com a gestão do edifício no mesmo dia do desabamento, de acordo com a prefeitura.
Para garantir a segurança da área isolada e das pessoas que circulam pelo local, uma equipe da Guarda Civil Municipal mantém vigilância 24 horas, até que a demolição seja finalizada.
Trabalhos
A ação começou com um serviço preliminar na noite da sexta-feira (9), e foi retomada no sábado às 9h30.
Na manhã de ontem, as equipes voltaram ao local por volta das 7h para continuar os trabalhos.
Três prédios vizinhos foram interditados e moradores de 14 casas próximas foram alertados sobre os possíveis transtornos causados pela operação.
A Prefeitura e a Defesa Civil afirmaram que seguem prestando apoio às famílias afetadas.
“Nos colocamos à disposição e, em nenhum momento, as famílias pediram nada além da possibilidade de resgatar seus pertences”, afirmou o secretário da Defesa Civil.




