Dom, 07 de Dezembro

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Escassez de combustíveis afeta distribuição de material para segundo turno na Bolívia

Os bolivianos escolherão entre o candidato de centro-direita Rodrigo Paz e o ex-presidente de direita Jorge Tuto Quiroga

Motoristas esperam para reabastecer em um posto de gasolina em Santa Cruz, Bolívia, em 13 de outubro de 2025.Motoristas esperam para reabastecer em um posto de gasolina em Santa Cruz, Bolívia, em 13 de outubro de 2025. - Foto: Rodrigo Urzagasti / AFP

A falta de combustíveis na Bolívia, que gera longas filas nas principais cidades, também está afetando a distribuição de material para o segundo turno presidencial de domingo (19), alertou à AFP uma fonte da justiça eleitoral.

Os bolivianos escolherão entre o candidato de centro-direita Rodrigo Paz e o ex-presidente de direita Jorge Tuto Quiroga.

O segundo turno ocorre no contexto da pior crise econômica enfrentada pelo país em quase quatro décadas, devido à escassez de dólares e combustíveis e uma inflação anual que supera 23%.

Os tribunais eleitorais são responsáveis pela distribuição terrestre de cédulas de voto e atas eleitorais, já que a votação ainda é manual.

"Nos preocupa a falta de fornecimento de combustível", disse à AFP a presidente do Tribunal Eleitoral Departamental de La Paz, Sonia Yujra.

Ele explicou que a falta de gasolina e diesel está "afetando a saída das comissões" e equipes logísticas com todo o material para as eleições.

La Paz é o segundo departamento mais populoso da Bolívia, depois de Santa Cruz, e possui cerca de 9.100 mesas de votação.

Yujra lembrou que a crise de combustível "é um problema a nível nacional".

"Caso não nos forneçam combustível em tempo hábil, estamos colocando em risco que as comissões (logísticas) saiam com a devida antecedência", afirmou a funcionária.

Os tribunais departamental e nacional estão realizando ações perante o poder Executivo para que possam contar com combustível.

O governo do esquerdista Luis Arce, que deixará o poder em 8 de novembro, quase esgotou os dólares das reservas para sustentar uma política universal de subsídios aos combustíveis.

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