Seg, 08 de Dezembro

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América do Sul

Governo de Maduro reconhece morte de dirigente da oposição em prisão na Venezuela

Ministério do Serviço Penitenciário venezuelano informou em um comunicado o falecimento do opositor de 56 anos

Governo de Nicolás Maduro reconheceu morte de opositorGoverno de Nicolás Maduro reconheceu morte de opositor - Foto: Juan Barreto/AFP

A Venezuela reconheceu, neste domingo (7), a morte de um dirigente da oposição encarcerado há um ano, enquanto, desde Washington, o governo do presidente Donald Trump tachou de "vil" o governo de Nicolás Maduro em meio à crescente pressão militar dos Estados Unidos.

Alfredo Díaz, ex-governador do estado de Nueva Esparta, havia sido detido em meio à crise desencadeada após as controversas eleições de julho de 2024, nas quais Maduro foi proclamado vencedor para um terceiro mandato apesar das acusações de fraude.

O Ministério do Serviço Penitenciário venezuelano informou em um comunicado o falecimento do opositor de 56 anos, acusado de "terrorismo" e "instigação ao ódio".

"Estava sendo processado, com plena garantia de seus direitos, de acordo com o ordenamento jurídico e o respeito aos direitos humanos e à sua defesa jurídica", assegurou.

"No sábado, 6 de dezembro de 2025, aproximadamente às 06h33, o cidadão Alfredo Javier Díaz apresentou sintomas compatíveis com um infarto do miocárdio (...) foi levado ao Hospital Clínico Universitário; onde deu entrada e, ao tentarem estabilizá-lo, infelizmente faleceu minutos depois", indicou o texto.

Díaz é ao menos o sexto membro da oposição a morrer na prisão desde novembro de 2024.

"A morte do prisioneiro político venezuelano Alfredo Díaz, que foi detido arbitrariamente no centro de tortura de Maduro, El Helicoide, é outro lembrete da vil natureza do regime criminoso de Maduro", afirmou o Departamento de Estado dos Estados Unidos na conta no X do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental.

A reação de Washington ocorre no momento em que uma flotilha americana, que inclui o maior porta-aviões do mundo, realiza operações antinarcóticos no Caribe.

Caracas afirma que as manobras empreendidas pelo governo Trump buscam derrubar Maduro.

Representantes de organizações de direitos humanos informaram no sábado à AFP sobre a morte de Díaz, governador do estado de Nueva Esparta de 2017 a 2021.

Díaz "estava preso e isolado há um ano, só permitiram uma visita de sua filha", disse Alfredo Romero, diretor da ONG Foro Penal, dedicada a defender detidos por razões políticas.

 

 

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