Sáb, 06 de Dezembro

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Grande incêndio florestal na França é estabilizado

O incêndio é o maior registrado na França neste verão boreal

Bombeiros trabalhando para extinguir um incêndio florestal no departamento de Aude, perto de Jonquières, no sul da França.Bombeiros trabalhando para extinguir um incêndio florestal no departamento de Aude, perto de Jonquières, no sul da França. - Foto: Handout / Sécurité civile / AFP

Os bombeiros conseguiram estabilizar nesta quinta-feira (7) um grande incêndio florestal que percorreu 17 mil hectares no sul da França — um dos maiores desde o fim da Segunda Guerra Mundial —, anunciaram as autoridades.

Esse incêndio, iniciado na terça-feira em uma área montanhosa próxima à cidade de Narbona, é o maior registrado na França neste verão boreal. Até o momento, causou a morte de uma mulher e danificou 36 casas.

"O incêndio está estabilizado", declarou à AFP a secretária-geral do departamento de Aude, Lucie Roesch. Esse era o objetivo fixado para esta quinta-feira pelos 2 mil bombeiros mobilizados nos trabalhos de combate às chamas.

Após uma propagação rápida nos primeiros dias, o avanço do fogo foi menor desde a noite anterior, graças a condições meteorológicas mais favoráveis, que continuaram ao longo do dia.

As autoridades, no entanto, destacaram que "ainda há muito trabalho pela frente" e que não considerarão o incêndio oficialmente extinto antes de "vários dias".

Além da mulher de 65 anos que morreu em sua casa em Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, outras treze pessoas ficaram feridas, incluindo onze bombeiros, segundo o ministro do Interior, Bruno Retailleau.

"Tivemos muito medo. O fogo chegou muito rápido", relatou à AFP o vice-prefeito de Villesèque-des-Corbières, Bruno Zubieta. "As chamas nos cercaram (...) Estávamos sozinhos no mundo", acrescentou.

Quinze municípios foram afetados pelo fogo. Dois mil domicílios continuam sem eletricidade, e cerca de 2 mil pessoas evacuadas ainda não puderam retornar às suas casas.

O primeiro-ministro, François Bayrou, atribuiu o incêndio, na quarta-feira, à "mudança climática" e à "seca". Os 9 mil incêndios registrados até meados de julho na França queimaram, por sua vez, 15 mil hectares, segundo as autoridades.

A Justiça abriu uma investigação para determinar as causas do incêndio e, de acordo com os primeiros elementos, ele teria começado em Ribaute, à beira de uma estrada, informou a gendarmaria.

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