María Corina Machado diz que fará todo o possível para retornar à Venezuela
Ganhadora do Nobel da Paz afirma que estar em sua posição é um perigo
A opositora venezuelana María Corina Machado, que vive na clandestinidade em seu país, afirmou nesta quinta-feira (11) em Oslo que fará "todo o possível" para retornar à Venezuela, apesar do risco de detenção, um dia após a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz.
"Vim receber o prêmio em nome do povo venezuelano e o levarei à Venezuela no momento adequado", afirmou, em inglês, a opositora de 58 anos no Parlamento da Noruega.
"Não direi quando nem como isso acontecerá, mas farei todo o possível para poder voltar e também para acabar com esta tirania muito em breve", disse, antes de acrescentar que é necessário "terminar o trabalho" para estabelecer a democracia em seu país.
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Corina Machado ressaltou que estar na oposição é um "perigo".
"Toda pessoa que vive na Venezuela e quer dizer a verdade está em perigo", afirmou, em alusão às circunstâncias de sua saída do país para a viagem à Noruega.
Expressar oposição ao poder do presidente Nicolás Maduro "é muito perigoso", acrescentou a líder opositora, que concederá uma entrevista coletiva nesta quinta-feira, segundo o Instituto Nobel.

